Emily Walker
Estava satisfeita com o meu marido, respiro feliz assim que ele se deita ao meu lado, sabia que esse fogo que estava sentindo era somente devido à gestação. Mas olhando para a cara boba que o Noah estava, acredito que ele não estava cansado com as rodadas de sexo.
Nos arrumamos na cama e deixei a mente descansar do dia cansativo que tive hoje, ainda estava pensando sobre a ameaça sutil que a Marta estava dando, estava preocupada e não conseguia entender o motivo.
Quando finalmente consegui descansar e dormir, passei a madrugada toda tendo pesadelos, fiquei inquieta, virei de um lado para o outro na cama, na esperança que algo me acalmasse, mas pelo contrário, quanto mais o Noah me apertava nos seus braços, mais inquieta eu ficava.
Nosso casamento é em pouco dias e acho que mergulharei no trabalho ou vou surtar com essa preocupação, acho que darei uma olhada na reforma da casa ou na contratação dos seguranças, sei que o Antony não deixaria nenhum um chegar perto da gente, mas preciso ocupar a mente.
Praticamente vi amanhecer, antes que o Noah pudesse se levantar para ir para a academia, já estava de pé e arrumada para ir para o trabalho.
— Bom dia! — Noah exclama assim que entra no closet.
Me viro de frente para ele, estava sentada no banquinho da penteadeira, estava terminando de fazer a minha maquiagem, largo tudo para dar o bom dia do meu marido.
— Bom dia, antes que fique preocupado, tive apenas um pesadelo. — Ele me olha com cuidado e estreita o espaço que há entre nós.
Não quero deixá-lo mais intrigado com a situação com a sua mãe, sei que ele poderia fazer algo que a deixe ainda mais irritada e, nesse momento, não é nada que estou querendo.
— Tudo bem! Mas tem necessidade de ir trabalhar? — Sua pergunta me tira uma risada.
— Não têm, porém, quero sair um pouco de casa e por em prática tudo o que aprende, ou o que adiantou ter me formado? — Ele apenas revira os olhos e levanta a barra do meu vestido. — Nem pensar, hoje sem sexo…
Me viro de costa e olho para o rosto todo franzido pelo espelho, ele apenas se aproxima e deixa um beijo na minha nuca.
— Sua formatura já poderia ter acontecido, não é? — Respiro fundo, frustrada.
Minha formatura foi adiada devido o reitor que acabou sofrendo um acidente que o deixo bem debilitado e como uma forma de honrar o homem que deu vários anos para a instituição adiaram a formatura para um mês depois do nosso casamento. Fiquei tão feliz que no início do mês pude pegar meus documentos e comprovar que já estava formada, pelo menos nosso histórico já estava disponível.
Emma também conseguiu concluir, a turma dela também optou por esperar o reitor voltar da sua licença medica para colar grau.
Dou um beijo no meu marido e o vejo se afastando para ir malhar, provavelmente o Balboa já deve estar esperando por ele na academia, vou aproveitar para descer e fazer o nosso café e esperar a minha filha para podermos tomar café juntinhas.
Desço as escadas e vejo uma Fabíola preocupada, andando de um lado para o outro, Antony me olhou com preocupação, por instinto coloco a minha mão sobre nosso bebê, dou alguns passos a mais na direção dos dois e espero pela bomba.
— Ângela acabou de sofrer um acidente! — A voz grossa do Noah surge atrás de mim, o que me assusta. — Preciso ir para o hospital. — Apenas concordo e o sigo novamente para o nosso quarto.
— Vou com você! — Digo sem dar espaço para que ele negue, que apenas concorda.
Retiro os saltos, retiro as meias e procuro uma sapatilha, troco de bolsa colando apenas a minha carteira e meu celular. Quando meu marido saiu do box, ele procurou a sua roupa, o deixei no closet e fui para o quarto da nossa filha.
Entrei e falei com a Camille que estava começando a arrumar a minha filha para mais um dia de aula.
— Meu amor, hoje a mamãe e o papai não poderão tomar café com você, vou ligar para o papai Will para ele te fazer companhia, tudo bem? — Larissa apenas concorda com a cabeça.
Me levanto da sua cama quando Noah entra em minha procura, ele estava com uma calça jeans e uma camisa de botões, ele ainda estava enrolando as mangas da camisa na altura do cotovelo, o deixando lindo. Ele entra e beija a nossa filha.
— Camille cuidado hoje, os dois olhos abertos, vou com o Antony, mas daqui a pouco ele volta para ir deixar vocês. — Ela apenas concorda e volta a cuidar da minha princesa.
Com tudo organizado para a nossa saída, deixo uma mensagem para o Will, espero que ele veja a tempo e venha fazer companhia.
Entramos na salinha de espera, Noah não conseguia se sentar e ficou olhando para a porta esperando que alguém viesse nos dar notícias. Quarenta e cinco minutos depois um médico com um olhar cansado entra na sala, me mantenho sentada para saber o que houve.
— Bom dia, desculpe a demora. — Acompanho os movimentos do médico e chamo o Noah para se sentar ao meu lado. — Sua irmã sofreu um acidente bem grave, ela ficou presa nas ferragens, teve uma ruptura no fígado e baço, ela foi socorrida rápido.
Ouvimos a sua explicação com atenção, Noah se mantinha calado e apertava a minha mão com força, o olhar do médico ficou triste.
— Ela teve uma parada cardíaca… — Noah abaixou a cabeça em agonia. — Calma, deixe falar, por sorte conseguimos reverter, mas gastamos todo o estoque de sangue O Negativo, então se alguém da família poder doar para repor. — Respiro aliviado quando ele termina as suas explicações.
— Posso doar, somos irmãos, então tecnicamente temos o mesmo tipo sanguíneo, não é? — Se não estivesse gravida também iria realizar a doação.
— Não necessariamente, você pode ter o tipo sanguíneo do seu pai. — Ele fica um pouco pensativo e nega com a cabeça.
— Impossível isso, doutor, ambos meus pais têm o mesmo sangue. — O sorriso do médico se expande e nos informa aonde ir para realizar a doação. — Posso vê-la?
— Infelizmente ela está na UTI, vou deixá-la internada por lá até que se sinta melhor. — Apenas acenamos com a cabeça e nos levantamos para ir atrás da sala para o Noah poder fazer os testes para doar.
Entramos na sala, Noah se identifica e explica as razões para que estivéssemos ali. A enfermeira pede para que ele apenas estique o dedo que ela fazer um teste para saber a tipagem sanguínea.
Esperamos meia hora para receber o exame, que no fim das contas foi para a mão do médico, não estávamos entendendo essa atitude que a enfermeira fez, poderia ter logo feito a coleta. Voltamos para o andar onde fica a sala do médico que nos atendeu, Noah começava a ficar irritado com a situação, segurava a sua mão para que ele ficasse um pouco mais calma.
Fomos novamente chamados para entrar na sala, o médico estava pensativo com os exames nas mãos, agora sentia medo que ele estive com alguma doença, minhas pernas começaram a fraquejar.
— Você me disse mais cedo que seus pais têm o mesmo tipo sanguíneo que a sua irmã, mas no exame que fez, apareceu uma divergência, então preciso perguntar ao senhor. — Olho para meu marido que não estava entendendo o que estava acontecendo. — Você é adotado?
Estou em choque…
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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