Emily Harris
Passo a manhã inteira com uma resseca de sono, mas não conto para o Noah as minhas preocupações da noite insone que tive e muito menos as minhas preocupações, com certeza deve ser os hormônios que estão falando alto.
Vou para a cozinha preparar o almoço com a Emma, enquanto Noah e Mike brincam com as meninas que estão brincando com um quebra cabeça que parecia não ter fim.
Me surpreendo quando atendo o telefone e o Willian diz que está no apartamento, querendo saber se pode ver a Larissa, respiro aliviada que ele esteja vivo, porque não sei se ele está bem já que fazem semanas que não nos falamos e nem sabíamos quando ele iria voltar para casa.
Vou até a sala e aviso que ele estava subindo, Noah olha para mim e suspira aliviado, sentimos uma preocupação enorme por todo esse tempo que ele ficou sem manter contato, mas entendemos que ele precisava de tempo para superar a perda da Maribel e perceber que essa busca pela mulher que recebeu o coração dela poderia dar algum problema.
Volto para a cozinha para continuar nosso almoço.
— Emy, será que ele não transferiu os sentimentos dele para a moça que está com o coração da Maribel? — Emma me pergunta, me lembro que umas semanas atrás falei o mesmo para o Noah, que ficou bem preocupado com isso.
— Espero que não seja isso Emma, ou ele terá um grande problema. — Porque a moça pode ser casada ou ter algum relacionamento.
— Bom, espero que ele tenha voltado de vez, porque a Lari sente falta dele. — Minha amiga resmunga ao meu lado, mas tenho uma sensação que é apenas ciúmes.
Enquanto continuamos cozinhando ouvimos o elevador se aproximando, fico olhando para a entrada para cumprimentar quando entrar e, também, quero ver ele como está, ele aparece na entrada da cozinha e sorri para mim e se aproxima.
Olho para ele e vejo que está um pouco mais corado, tinha um brilho no olhar diferente do como ele estava quando ele se foi daqui na aventura dele a procura da moça.
— Como está Emily? — Ele fala baixinho, acredito que seja para que a Larissa não o perceba.
— Estou bem, sofrendo com um cansaço, mas daqui a uns dias isso passa. — Ele sorri, já havíamos dito a ele que estava grávida. — Ele estica os olhos para a sala e olha para mim novamente. — Ela está bem, da mesma forma que te falamos durante as mensagens, está te esperando lá na sala, mas antes de ir me diga como foi lá com a moça.
Ele fica um pouco se jeito, coloca as mãos no bolso da calça, percebo que ele fica um pouco corado e respira fundo.
— Acho que agi com pressa e fiz uma confusão enorme com os meus sentimentos e com os dela também, preferi me afastar e deixar que cada um lide com a minha burrice. — Olho para a Emma que havia parado de cortas as cenouras Julienne.
— O que você fez William? — Emma fala baixo, mostrando que estava curiosa em saber, não nego que também estava, ele respira fundo, olha mais uma vez para a sala e se aproxima da gente.
— Transamos, mas esse não é o problema, o fato que ela ainda ama o homem que a abandonou enquanto ela esperava pelo transplante e, acabei chamando pelo nome da Mari quando… — Ele nem terminou de falar, fiquei impressionada com o que ele acabou de nos contar. — Percebi o quão constrangedor foi o momento, pedi desculpas dela que ficou tão sentida comigo que não tive coragem de ficar por lá, me arrumei e vim embora de carro sem parar, pensando na merda que fiz.
— Mas não parece que está triste! — Afirmo o obvio para ele.
— Porque fiz uma amizade com ela, mas acabou acontecendo depois de algumas taças de vinho, ela entendia o que estava sentindo, assim como entendi a dor de ela ter sido abandonada, aprendi a gostar da Michele… — Ele deixa a fala morrer, não vou pressionar o homem.
— Outro momento falamos sobre isso se quiser, agora vai lá com aquela menininha, que está morrendo de saudades de você, daqui a pouco chamamos para o almoçar. — Ele se afasta e vejo a minha filha correr para o seu colo.
Me deito no sofá e puxo a coberta que estava por lá, começo a sentir um pouco de frio, a noite estava esfriando rápido, acho que vamos ter uma virada de tempo, me surpreendo quando o Noah aparece sentando no sofá com uma taça de vinho e uma taça de suco de uva olha para mim, com o mesmo olhar safado e pecaminoso que ele me dá sempre que tem umas ideias de sexo selvagem.
— Estou aqui pensando em algo, mas acho que você não vai querer. — Ele pega no meu pé e o sente gelado.
— Hum, o que estava imaginando querido? — Pergunto por curiosidade, continuo deitada encolhida de frio.
— Estava considerando ir lá em cima nadar um pouco, o que acha? — Tenho vontade de rir, mas um calor entre as minhas pernas me deixa com vontade de descobrir como é ir transar na piscina.
— Noah está gelado lá fora. — Acho que não vai ser legal.
— Antes de descer um preparei o lugar, você vai gostar. — Ele estreita os olhos para mim, então estico as mãos aceitando o seu convite.
— Noah e o jantar que você encomendou? — Ele estala a língua em modo despreocupado.
— Não se preocupe, antes de deixar você exausta te darei de comer meu amor. — Sorrio para o homem safado que tenho.
Vamos lá enfrentar esse frio no andar de cima.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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