Noah Walker
A equipe dos médicos que nos acompanhou durante o voo até em casa não deixou que ela acordasse, conseguiram manter que ela ficasse bem durante a nossa longa viagem.
Não conseguimos esconder a Emy escondida da Larissa por muito tempo. Havíamos colocado uma espécie de cortina no meio da aeronave para que nossa filha não a visse. Quando o seu brinquedo caiu de sua mão e ela correu para ir pegar, acabou ultrapassando as cortinas.
— Papai? — Olhei para seu rostinho triste e a peguei no colo. — Posso dar um beijinho na mamãe?
Olho para o médico que estava ou lado da maca onde minha esposa estava.
— Pequena, vou deixar você dar um beijinho, apenas cuidado para não mexer em nada, tudo bem? — O médico respondeu a minha filha com carinho, ele baixou a grade de segurança e me aproximei com a Larissa.
— Mamãe estamos quase chegando em casa, daqui a pouco você vai acordar! — Minha filha beijou na sua bochecha e percebi que seus batimentos voltaram a acelerar.
— Viu só pequena, ela ouviu você e ficou feliz! — O médico diz com um sorriso para a minha princesa.
Deixo que a minha filha vá em direção a Camille e me sento para a frente do médico, quero tirar algumas dúvidas com ele.
— Doutor, quando ela acordar vão retirar tudo isso? — Mostro todos os equipamentos que ela estava usando.
— Não, ela está com respirador por que está sedada, esse assim que ela conseguir acordar sairá, mas esse dreno. — Olho para o pequeno frasco pendurado na maca, tinha um líquido dentro e percebi estar borbulhando. — Vê como está ainda vermelho, ele só será retirado quando não houver mais nada saindo.
— O médico do hospital me disse que ela fez um pneumotórax, mas não explicou muito bem o motivo. — Digo ainda concentrado no frasco.
— A equipe do hospital disse que ela pulou de uma construção de mais de três metros e caiu no mar, acredito que ela fez esse pneumotórax na queda, ainda teve o afogamento, ou seja, o pulmão dela está cheio de líquidos, precisamos drenar. — Apenas concordo com a cabeça.
Quase vinte horas de voo estávamos pousando em Chicago, Antony iria providenciar estadia e alimentação para a equipe que veio conosco, eles voltarão em dois dias para a China.
Na pista já havia uma ambulância nos aguardando, próximo estava meu sogro e sua esposa, meu amigo e a Emma, e logo atrás a tia Silvia. Todos se aproximaram para poder ver a minha esposa, mas não puderam tocar.
— Pessoal vamos para o hospital, deve ter paparazzi esperando por uma foto. — Todos se afastam e subo na ambulância apenas para a Larissa se despedir da mãe dela.
— Até logo, mamãe, nos vemos em casa, te amo. — Minha filha se aproxima e beija a mão da minha esposa.
— Filha você vai com a Camille, papai acompanhará a mamãe e vejo você mais tarde em casa. — Digo para minha princesa que apenas concorda com a cabeça.
Deixo que minha filha siga com a sua babá, Antony iria levá-las para casa e depois viria me pegar no hospital.
Fiquei o tempo todo segurando a mão da minha estagiária enquanto íamos em direção o hospital, pedindo a Deus que ela fique bem logo para irmos para casa e principalmente para que ela saiba que esperamos pelo Tomáz.
Entramos no hospital com todos os nossos amigos e parentes ficando ao meu lado enquanto ela passava por uma avaliação.
— Noah tenho que conversar com você. — Ouço a minha tia falando, me viro em sua direção.
Estávamos todos sentados na recepção esperando para que nos desse alguma notícia.
— Talvez não seja um bom momento, mas acredito que você precise de algumas respostas. — Franzo o cenho tentando acompanhar os pensamentos da minha tia. — Enora entrou em contato na noite do casamento.
Mudo a minha postura, o interesse de saber mais sobre a mulher que me gerou, ficou maior. Sem contar que conseguia ver que vários pares de olhos se viraram para a minha conversa.
— Onde ela está tia? — Pergunto com curiosidade.
— Ela está no hotel e me pediu que a procure no seu tempo, ela disse que não poderá ficar muito tempo na cidade. — Minha tia diz, mas agora sinto apenas um medo enorme de ir falar com essa mulher que renunciou a mim assim.
— Ainda não estou pronto para isso!!! — Volto a sentar melhor na poltrona onde estava.
— Acho que já sabemos o que é não é? — Ela me pergunta confusa.
— Deixe de ser curiosa. — Toco na ponta do seu nariz. — Vou deixar o seu pai entrar e vou para casa, prometi a Larissa que estaria lá mais tarde.
— E ela Noah, como está? Como eles não as encontraram? — Sua pergunta sai com preocupação.
— Antony as escondeu antes assim que percebeu o estava acontecendo, quando saímos do iate ele conduziu o barco para a costa e as pós em segurança. — Percebo que uma enfermeira entra e sorri para a minha esposa.
— Senhor Walker, poderia sair para que a outra pessoa possa entrar? — Confirmo com a cabeça.
— Amor, seu pai entrará e depois que ele sair iremos para casa. — Ela concorda e me puxa para outro beijo.
— Te amo Noah, obrigada por cuidar de mim. — Começo a rir, porque, na verdade, foi ela que me salvou o tempo todo.
Saio do quarto para poder dar a chance do meu sogro ver a sua menina.
Fico aliviado em ver que ela estava acordada e consciente a tudo a sua volta, os médicos haviam dito que devido ao afogamento ela poderia ficar com alguma sequela pela falta de oxigenação.
Quando o meu sogro sai da UTI, resolvo ir para casa e pôr a minha filha na cama. Mas meus planos vão pelo ralo quando percebo que já passava de meia-noite.
Vou até o bar e encho um copo com uísque, me sento no sofá e retiro o cartão com o telefone de Enora, acho que está na hora de conhecer a minha verdadeira mãe.
Recadinho desta autora que vós fala:
Não deixem de me seguir e descobrir os outros livros que estão na plataforma.
Vou subir um novo livro em poucos dias: Amor, Insano Amor
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
Muito bom,posta mais...
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