SUA ESTAGIÁRIA romance Capítulo 104

Emily Walker

Assim que chegamos no hospital, eu e Emily passamos direto pela recepção e vamos em direção à sala onde ficam os médicos responsáveis pela Ângela. Esperamos um pouco para sermos atendidos, a espera começa a me deixar ansioso, mas sinto o carinho da minha esposa na tentativa de me tranquiliza.

Respiro fundo algumas vezes na esperança que os médicos nos chame de uma vez. Acredito que algum ser divino passou a gostar um pouco mais de mim nos últimos dias, a porta da salinha onde os médicos ficam se abre e os vejo sorrindo, o que me tranquiliza.

Entramos na sala com uma esperança enorme, apenas vendo a alegria nos rostos daquelas pessoas, um dos médicos me indica onde sentar e puxo a cadeira para a minha esposa grávida.

— Bom dia, senhor e senhora Walker, temos excelentes noticias para vocês. — Sinto um alívio ouvindo o que eles nos dizem.

— Ela passou a noite bem, já foi retirado a sedação e acredito que na hora da visita vocês vão poder visitá-la, mas apenas um pode entrar. — Concordo com a cabeça e olho para a minha esposa que sorri para mim

— A única coisa que pedimos é que não entre com problemas para ela, algo aconteceu e ela parecia bem chateada, se puder conversar com ela e nos informar agradeceríamos muito. — Fico sem entender o motivo para o seu pedido, mas concordo com a cabeça.

— Por que precisam saber o motivo de ela estar magoada? — Ouço a minha esposa perguntar para o médico que apenas sorri para ela.

— Porque poderemos acionar ajuda psicológica caso seja necessário, não há necessidade de nós pôr em detalhes o assunto, mas se puder apenas nos informar se houver a necessidade eu agradeço.

Ouvimos as recomendações médicas e esperamos que seja liberado a minha visita.

— Deixe de ficar nervoso, vocês são irmãos, é melhor vocês conversarem do que eu entrar lá e tentar descobrir alguma coisa. — Ouço a Emy falando enquanto olha para o tablet dela e organiza o nosso dia na empresa.

Me levanto e começo a andar de um lado para o outro nervoso com essa demora que estava demorando demais. Emily já estava cansada de esperar e a vejo se levantar da poltrona onde estava e vai até uma das máquinas automatizadas com besteiras.

Ela começa a olhar para as opções e escolhe algo, me aproximo dela enquanto ela procurava algo na sua bolsa.

— O que você quer, meu amor? — Pergunto olhando para as opções que haviam ali.

— Quero esse doce ali! — Ela aponta para o seu desejo, puxo a carteira e tiro uma nota de vinte e coloco na máquina.

A máquina deixa cair o produto que a minha esposa deseja, me abaixo e pego para poder entregá-la, a vejo fazer uma careta enorme quando a entrego.

— Queria poder pagar… — Ela fez um beicinho, me aproximo e beijo seus lábios. — Obrigada amor.

A vejo abrir a embalagem e voltamos a nos sentar no lugar onde estávamos. Até que finalmente umas das enfermeiras se aproxima com um sorriso no rosto em direção a minha esposa, que retribui educadamente.

— Já pode entrar senhor Walker, a senhorita Ângela já o aguarda. — Olho para a minha esposa que me encoraja a ir visitar a minha irmã.

Dou outro beijo em minha esposa que se senta novamente comendo o seu lanche, quando passo pelas portas que dão acesso a UTI lanço mais um olhar para a minha esposa que começa a trabalhar pelo tablet. Preciso fazer com que ela descanse, acho que estou viciando a minha esposa no trabalho assim como eu.

— Me perdoe Noah, nunca pensei que seria assim tão manipulável, pensei que… que… o que estávamos fazendo era o certo… — Seu choro começa a criar soluços, me aproximo do seu corpo debilitado e cheio de marcas e abraço com cuidado.

— Não se preocupe com isso, você sempre será a minha irmãzinha e sempre ire te proteger, eu prometo. — Ergo o rosto de minha irmã e uso um tecido que tinha ali próximo para secar seu rosto. — Pare de chorar, somos Walker’s, lembra o que nosso pai sempre nos ensinou?

Finalmente ela abre um sorriso, pega o tecido de minha mão e começa a secar o próprio rosto e meneia a cabeça.

— Somos tubarões, caçamos e não somos caçados. — Ela recita o que nosso pai nos dizia.

Isso tenho certeza, Ângela é minha irmã. Não há dúvidas sobre isso.

Fico com ela por mais um tempo e ela me conta o que houve para o acidente acontecer, o que me irrita mais ainda e prometo matar aquele desgraçado.

Me despeço da minha irmã e digo para ela que assim que ela se sentir melhor ela pode ir para a minha casa, ou alugo o apartamento de frente do Willian, soube que ele está para alugar.

Assim que vejo a minha esposa a vejo suspirar, então percebo o quanto ela estava preocupada com o encontro, conto tudo para ela assim que entramos no carro. Toco no ombro do Antony que me olha pelo retrovisor.

— Encontre o Joshua e a Marta, se possível até o casamento, sinto que eles estão aprontando alguma coisa, providencie segurança para a Ângela, pode ser aquele da mansão, não a quero desprotegida. — Digo e seguro a minha esposa entre meu corpo, quando percebo que ela estremece ao ouvir a minha ordem.

— Estou apenas me cercando de cuidados, não precisa se preocupar. — Digo por fim.

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