Srta. Carter romance Capítulo 26

Minha cabeça lateja, meus olhos ardem e minha boca esta seca.

Tento me lembrar aonde estou, mas a última coisa que me lembro é de ser puxada para trás na rua da boate e depois tudo ficar escuro.

Tento olhar ao redor mesmo que meu olhos teimem em se fechar, mas esta escuro demais para que eu possa enxergar.

Mas então passos começam a ecoar e eu ouço sua risada logo atrás de mim.

Quando tento gritar percebo a mordaça em minha boca.

- Parece que esta bem acordada querida, mas ainda não é hora de conversarmos.

Essa voz.

Fernando? Marido de Roberta?

Antes que eu possa sequer reagir a ele sinto uma picada em meu braço e vejo tudo apagar novamente.

Abro os olhos e volto para o lugar escuro.

Ao abrir minha boca percebo estar sem a mordaça.

- Tem alguém ai?- grito.

Não consigo enxergar nada ao redor, apenas uma luz que vem por debaixo da fresta de uma porta.

- Socorro!- grito novamente.

Tendo sair da cadeira, mas sinto meus pulsos amarrados assim como meus pés.

É muito difícil enxergar no escuro, mas Bato o pé no chão para saber se estou com o mesmo sapato que sai de casa.

Pelo menos ainda estou com o rastreador que coloco em todo sapato antes de sair de casa.

Mas esta acontecendo muito rápido, ainda não pude ter a guarda de Pietro.

Pietro...

Espero que ele esteja bem.

Ouço passos ao longe e logo vejo a sombra de uma pessoa por baixo da porta.

Meu coração acelera. Tenho medo.

Novamente penso em Pietro e como vai ser para ele digerir tudo oque vai acontecer ou já esta acontecendo.

Ouço uma chave ser usada para abrir a porta e segundos depois um homem entra no quarto escuro em que estou.

Não consigo vê-lo, mas sei que carrega algo nas mãos.

Que não seja uma arma.

E então uma luz se acende acima da minha cabeça, não o suficiente para iluminar o quarto todo, mas dá para ver oque tem ao meu redor.

E então Fernando aparece a minha frente com um sorriso sinistro em seu rosto.

- Beba agua, o sedativo deve ter te dado sede.- ele diz estendendo uma garrafinha de agua aberta em direção a minha boca.

Não nego a agua, se eu for morrer pelo menos não vai ser de sede ou com sede.

- Por que esta fazendo isso Fernando?- pergunto depois de beber toda a agua.

- Fernando?- ele pergunta e rí.- Acha mesmo que o idiota do meu irmão teria coragem de ir atrás da mulher que ele ama como eu fui?

Não entendo

- você me ama?- pergunto sem entender e novamente ele rí.

- não você, mas se parece tanto com ela - ele diz passando os dedos por meu rosto.- Menos os olhos, se o fechasse por um momento poderia fingir que estou com ela.

Esse homem é doente.

- Se você não é o Fernando quem é você? Por que esta fazendo isso comigo?- pergunto, por fora posso parecer confiante ao perguntar, mas ele rí ao ver minhas mãos tremendo.

- Fabrício e você não me é de tanto valor assim.- ele diz se afastando.- sabia que se meus planos tivessem dado certo, você me chamaria de pai?- Ele rí novamente.- Rosa era o amor da minha vida.- ele diz pensativo.

Minha mãe. Então ela é a razão disso.

- E eu não posso mais tê-la por que seu pai simplesmente a tirou de mim.- ele diz me olhando furioso.- então agora vou tirar tudo dele, incluindo você e a maldita empresa.

Olho para ele, esse homem é louco.

- Bom, então é melhor você aproveitar por que a única coisa que pertencia ao meu pai que você vai chegar perto sou eu.- digo

Ainda estou com medo, mas minha raiva parece crescer a cada segundo na presença desse homem.

- Eu já disse que eu não sou a minha mãe.

- cala a boca.- ele diz virando as costas para mim.- CALA A BOCA! CALA A BOCA!- ele começa a gritar como se tivesse surtando.

- Eu quero ir embora.- digo baixo.

- Eu mandei calar a boca.- ele diz e tudo que vem se segue rápido demais.

Ele se aproxima de mim e dá um tapa em meu rosto no mesmo instante em que a porta é aberta ao chutes e varias armas são apontadas para ele.

- mãos para o alto.- um dos policiais gritam.

- Fabrício Guimarães, o senhor esta preso pelo sequestro de Rafaela Carter e pelo assassinato de rosa e Richard Carter.- diz um homem que entra logo apos algemarem o desgraçado.

- Oque?- pergunto.

Todos os olhares se voltam para mim.

- Srta. Carter, vamos te levar para casa e conversaremos.

- esta dizendo que esse homem matou meus pais?- pergunto.

O homem não responde e então Fabrício começa a chorar.

- Minha rosa... Seu pai a levou para a morte, não eu.- ele diz.- eu só queria matar ele, mas ele a matou.

Eu o ouço paralisada.

- Seu desgraçado...- digo e quando vejo meu corpo avança para cima dele.

Sou segurada por policiais, mas estou em estado de desespero e medo.

Era apenas um acidente de carro, já havia me conformado com isso, mas saber que eu passei por tudo sem os meus pais e que a culpa foi dele, é algo que eu posso extravasar somente com raiva.

- Eu vou te matar e quando eu fizer isso o ultimo rosto que vai ver vai ser da filha da mulher que você dizia amar te odiando.- grito enquanto sou levada para fora daquele quarto minúsculo e mal iluminado.

- Se acalme senhorita, vamos te levar para casa por que seu filho esta te esperando.

Meu filho.

Pietro.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Srta. Carter