Assim que acordo, vejo que tem pessoas ao meu redor me examinando.
Leva um tempo ate minha visão focar, mas entendo rapidamente que estou em um hospital.
- Você acordou.- um dos que eu acredito ser um médico diz.- primeiro preciso que olhe para a luz e me diga seu nome e idade enquanto te examino.
Ao terminar de falar ele aponta uma pequena lanterna em meus olhos e diz que já posso começar a falar.
- Rafaela Carter, 23 anos.- digo sem entender oque esta acontecendo.
- certo Rafaela, você estava em um taxi e um caminhão bateu em vocês, por sorte foi só na traseira, mas você bateu a cabeça e desmaiou. O motorista já esta bem e foi para casa.- o medico explica a situação.
- entendi, obrigada doutor.
- É o meu trabalho, você já esta bem, se quiser ir embora esta liberada.- ele diz e sai do quarto.
Me levanto da cama, sinto um dor de cabeça, mas nada que eu não possa suportar.
Vejo minhas coisas em cima da cadeira e as pego antes de sair do quarto.
Massageio minha cabeça e começo a seguir as placas que tem no hospital ate sair na sala de espera.
- Ella?- escuto a voz de Jorge e me viro ao encontrar não só ele, mas como Roberta e mais um homem ao seu lado.- você esta bem querida?
- sim, foi só uma batida de taxi.- digo para ele e olho para Roberta.- Oque você esta fazendo aqui?
- Eu e Ricardo viemos ver oque aconteceu, mas pelo visto você esta muito bem.- ela diz e sinto uma pontada de desgosto.
- E você não parece nada feliz, eu entendi bem?- pergunto indignada.
- Você tem que entender Rafaela que não é mais uma garotinha estupida e órfão, agora você é dona de umas das maiores riquezas do pais e se você morrer alguém tem que ficar no seu lugar.- ela diz e dou um passo para trás.
- Veio aqui na esperança de eu não ter sobrevivido para ficar com meu dinheiro?- pergunto não acreditando.
Nesse momento Patrícia entra pelas portas e junto dela está Corbin.
- Sou o advogado da sra. Guimarães. - ele diz se referindo a Roberta.- sei que a senhorita sabe por que ela estava aqui, por mais que eu tenha concordado em vir reclamar uma suposta herança caso a senhorita tivesse morrido não concordo com oque aquilo virou.- ele diz e entendo.
Ele veio reclamar por uma herança de alguém que supostamente estava morto, mas se eu apareço viva isso pode manchar sua carreira e fazer pensar que sua cliente estava por trás do meu acidente.
- A senhorita precisa saber que se caso você não tenha feito um testamento e tivesse realmente morrido elas poderiam ficar com tudo que foi seu em vida.- ele diz e entendo aonde ele quer chegar.
- obrigada.- digo e me despeço dele que logo volta para dentro do hospital.
- ouviu isso não foi Jorge?- pergunto.
- ouvi, precisamos providenciar urgentemente um testamento.
- Sim precisamos.
- já tem em mente quem vai ser seu beneficiário?
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