Observando os casais entrando no cartório, Natacha sentiu um aperto no coração. A cada sorriso que via, a cada par que passava de mãos dadas, a sensação de que algo estava errado só aumentava. Ela suspirou levemente e disse a Xavier, com um tom resignado:
— Pode me levar para casa, por favor.
Xavier soltou um suspiro de alívio. Ninguém sabia, mas ele estava suando frio, com medo de que o segredo de Joaquim fosse descoberto e causasse uma crise familiar.
...
Chegando à casa da família Camargo, Xavier deixou Natacha na porta e foi embora rapidamente, como se estivesse fugindo de uma situação desconfortável.
Ao vê-la, Dora foi recebê-la com um sorriso acolhedor.
Natacha parou por um momento e perguntou, com um tom ligeiramente curioso:
— Dora, hoje não é seu dia de folga? Você não saiu?
Dora sorriu, um sorriso que tentava transmitir normalidade e conforto.
— Vocês são tão bons para mim. Não quis aproveitar a folga. Além disso, não tenho nada para fazer na minha cidade. Decidi aproveitar o dia para arrumar o quarto do bebê e deixá-lo arejado.
— Obrigada pelo seu esforço. — Natacha sorriu, mas seu sorriso estava tingido de tristeza e gratidão.
Dora, sempre curiosa, não conseguiu conter a pergunta:
— Senhora, já pegaram a certidão? Me deixe ver!
Natacha hesitou, sentindo uma pontada de dor ao responder:
— Não pegamos. Ele teve um problema na empresa.
— O quê? — Dora ficou surpresa e sentiu que Joaquim exagerou. Qualquer problema podia esperar alguns minutos para pegar a certidão. Porém, para não deixar Natacha triste, tentou consolar. — Senhora, com certeza foi algo importante. Não se preocupe, ele só pensa em você. Pegar a certidão hoje ou amanhã não faz diferença.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...