Ao anoitecer, Natacha despertou com um sobressalto.
A luz fria e estéril do hospital parecia uma paródia cruel do ambiente acolhedor que ela desejava. O branco das paredes e do lençol à sua volta a fez lembrar do luto que a consumia, comparando o cenário hospitalar ao lençol branco que cobria o corpo de seu pai. O medo e a confusão tomaram conta dela instantaneamente.
Ela tentou se levantar, as pernas tremendo e a mente fogosa com a sensação de desorientação. O impulso de sair da cama era quase instintivo. Ela precisava fugir daquela sensação de impotência e desespero.
Naquele momento, Joaquim entrou no quarto. Ao vê-la, seus olhos se arregalaram de preocupação e ele correu até ela, impedindo-a de se levantar. Com um movimento rápido, apertou o botão para chamar a enfermeira.
— O que você pensa que está fazendo? Quer sair assim nesse frio congelante? Está louca? — Ele gritou, a voz trêmula de ansiedade. Seu rosto estava pálido e seu olhar, desesperado.
Natacha o encarou com teimosia, seus olhos brilhando de determinação e dor.
—Vou ficar com meu pai! — Respondeu decidida, como se isso fosse a única coisa que restava a ela.
Joaquim segurou seus ombros com firmeza, forçando Natcha a ficar parada, sentindo a resistência dela como uma dor física.
—Tenho algo a perguntar a você! — Disse ele com seriedade, os olhos fixos nos dela, buscando uma verdade que temia.
A enfermeira chegou e começou a recolocar a agulha do soro. Natacha, desviando o olhar de Joaquim e sentindo um nó se formar na garganta, pediu à enfermeira:
— Por favor, faça ele sair. Não quero vê-lo. Preciso de paz!
A enfermeira, achando que se tratava de uma briga de casal, olhou para Joaquim em busca de orientação, hesitante.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...