Natacha não sabia se deveria agradecer aquela ligação ou amaldiçoá-la. Ela havia exposto Joaquim e destruído todas as suas esperanças e expectativas.
Nesse mundo, nunca existiram contos de fadas. E o amor, definitivamente, não podia ser compartilhado.
Ela tocou seu abdômen e, com um nó na garganta, murmurou:
— Desculpe, bebê, a mamãe não conseguiu manter seu pai aqui.
...
Joaquim havia partido fazia três dias. No quarto dia, ele finalmente ligou para ela. Natacha olhou para o celular tocando repetidamente, mas não atendeu. Cada toque parecia um golpe em seu coração já machucado. Depois, ele enviou uma mensagem no WhatsApp dizendo que tudo correu bem e que voltaria no dia seguinte.
Natacha deu um sorriso cínico e jogou o celular de lado, sentindo uma mistura de alívio e amargura.
Gabriel, percebendo sua inquietação, perguntou com preocupação:
— Natacha, você não está se sentindo bem? Quer descansar um pouco?
— Não, estou bem. — Respondeu Natacha, forçando um sorriso e tentando se concentrar no trabalho. Cada palavra era um esforço para manter as aparências, enquanto por dentro se sentia desmoronar.
Naquele momento, seu celular começou a tocar novamente. Gabriel sugeriu gentilmente:
— Não vai atender?
O celular tinha tocado várias vezes antes, e embora Natacha não tivesse dito nada, Gabriel podia imaginar quem estava ligando.
Com algum constrangimento, Natacha pegou o telefone para desligá-lo, mas viu que a chamada era da família Gonçalves.
Ela atendeu, e do outro lado da linha ouviu a voz desesperada de Dolores.
— Volte para casa imediatamente! Seu pai... Seu pai pulou do prédio!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...