Vitor e Lara trocaram olhares silenciosos, cheios de segundas intenções. Ambos sabiam que Paulo já havia feito seu testamento e que precisavam aproveitar o pouco tempo que restava para pressioná-lo a mudar as disposições, assegurando que Luiz ou Vitor assumisse a presidência do Grupo Camargo.
O mordomo apareceu, interrompendo os pensamentos conspiratórios deles.
- Sr. Joaquim, Sra. Natacha, o Sr. Paulo quer vê-los.
Vitor tentou puxar Lara junto para entrar no quarto, ansioso para impedir qualquer trama entre o avô e o neto.
No entanto, o mordomo levantou a mão para barrá-los, sua expressão séria.
- O Sr. Paulo disse que quer ver apenas o Sr. Joaquim e a Sra. Natacha. Ninguém mais.
Vitor e Lara ficaram parados, frustrados e impotentes. Lara mordeu os lábios de raiva, desejando que Paulo simplesmente morresse logo.
Dentro do quarto, Joaquim e Natacha encontraram Paulo com uma máscara de oxigênio, o rosto pálido e cansado. Paulo, apesar da fraqueza visível, sorriu ao vê-los.
- Vocês chegaram. - Disse ele, sua voz baixa, mas calorosa. - Sentem-se.
Natacha não conseguiu segurar as lágrimas ao correr para o lado da cama. Ela segurou a mão de Paulo com carinho, sua voz tremendo de emoção, dizendo:
- Vovô, como você está se sentindo? Desculpe, a culpa é minha. Tudo isso aconteceu por causa da minha família.
Paulo olhou para Joaquim, seus olhos cheios de uma sabedoria tranquila.
- E você, Joaquim? Você se arrepende de ter ajudado a família Gonçalves?
Joaquim hesitou por um momento, mas logo balançou a cabeça com firmeza.
- Não, não me arrependo.
- Bom! Eu sabia que não estava errado sobre você! - Paulo exclamou, sua voz ganhando um pouco de força. Seus olhos brilhavam com orgulho. - Os membros da família Camargo precisam ter coragem e responsabilidade. Natacha é sua esposa, independentemente de estarem ou não divorciados. Eu sempre a considerei parte da nossa família. Quando a família de um parente está com problemas, é nosso dever ajudar.
Ouvindo as palavras de Paulo, Natacha se sentiu tomada por um misto de gratidão e culpa. Ela queria dizer algo, mas as palavras ficaram presas na garganta, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Paulo suspirou levemente, a voz baixa e pensativa:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...