Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 406

Natacha não entendia por que Joaquim precisava caluniar seu pai de maneira tão cruel. Em sua memória, o pai sempre fora um homem bondoso e dedicado, trabalhando arduamente todos os dias para sustentar a família. Se lembrava das noites em que ele chegava em casa exausto, mas ainda assim, com um sorriso no rosto e um abraço caloroso para ela.

Por que Joaquim ousava acusá-lo de algo tão horrível? A raiva pulsava em seu peito como um tambor ruidoso, e seus olhos se encheram de lágrimas, como um céu prestes a desabar em tempestade. Ela as enxugou rapidamente, se sentindo decepcionada. Pensava que, após uma conversa sincera, Joaquim percebia seus sentimentos. Contudo, ele continuava a ser o mesmo homem arrogante e egoísta de sempre, um enigma frio e inalcançável.

O tempo passou, mas Natacha não sabia ao certo quanto, quando ouviu uma voz familiar e cortante, rasgando o silêncio como uma lâmina afiada:

- Você pretende ficar aqui até quando? Se adoecer, vai acabar me dando mais trabalho.

Natacha se sobressaltou e, se virando, respondeu com teimosia, seus olhos faiscando com uma mistura de raiva e mágoa:

- Se eu adoecer, é problema meu, não seu! Ou talvez eu devesse voltar para o meu pai!

Joaquim, sem um pingo de paciência, apontou para a porta com um gesto brusco:

- Então vá agora mesmo. - E completou, com um tom quase sarcástico, seu rosto uma máscara de frieza. - Vá e espere a justiça confiscar os bens da sua família.

Hesitante, Natacha não sabia se deveria ir ou ficar. Seu coração estava dividido, uma tempestade de emoções conflitantes.

Joaquim, notando sua incerteza, se aproximou e a puxou para um abraço, seu toque inesperadamente suave, murmurou baixinho:

- Está bem, não vou mais falar do seu pai desse jeito.

Ainda chateada, Natacha se soltou dele, seu olhar carregado de dor e desilusão, e disse, com firmeza:

- Pode falar o que quiser de mim, mas não calunie meu pai. Se ele fez algo de errado, prove. Caso contrário, suas palavras são apenas difamação.

Joaquim ficou pensativo por um momento, seus olhos escurecendo enquanto calculava as possíveis consequências, e disse, sua voz baixa e controlada:

- Tudo bem, amanhã peça para seu pai vir ao Grupo Camargo. Vamos conversar. Se depois disso ele ainda não quiser vender a empresa, eu desisto da compra e ofereço um empréstimo. Que tal?

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