Joaquim sentiu uma pontada de culpa ao lembrar das palavras duras que havia dito a Natacha, rebaixando ela. A dor de sua consciência era intensa. Suas mãos agarravam com força o volante, mas ele não conseguia ligar o carro.
Em silêncio, ele estava em agonia, tentando reconciliar seus sentimentos contraditórios. O interior do carro parecia pequeno e sufocante, como se os próprios sentimentos de culpa e desejo estivessem prendendo ele. De repente, ele se inclinou para frente, puxando Natacha para seus braços, acariciando suavemente seus cabelos enquanto murmurava:
- Natacha, me desculpe, me desculpe…
O cheiro familiar de seu perfume e a suavidade de seus cabelos trouxeram uma sensação de nostalgia e arrependimento que o atingiu com força.
Natacha, com a voz trêmula e lágrimas nos olhos, respondeu:
- Você não tem nada pelo que se desculpar. Eu pedi o divórcio. Foi minha escolha. E agora, por causa do meu pai, estou pedindo sua ajuda novamente. Talvez eu queira demais. Não consigo te ver apenas como meu chefe. Não posso me forçar a agir como outras mulheres que te agradam sem dignidade. Mas Joaquim, não suporto ser injustamente acusada. Isso me machuca profundamente.
As palavras de Natacha perfuraram o coração de Joaquim como uma lâmina afiada. Ele se afastou ligeiramente, levantou o rosto dela com as mãos e a beijou com intensidade, interrompendo qualquer tentativa dela de continuar. O gosto salgado de suas lágrimas se misturou ao beijo, intensificando a emoção do momento. Ele sabia que, se ela falasse mais, seu coração não aguentaria.
Natacha, surpreendida pelo beijo inesperado, tentou resistir, mas acabou cedendo.
Quando ele finalmente a soltou, ambos estavam ofegantes.
Os olhos de Natacha, agora umedecidos, brilhavam com uma beleza cativante. A temperatura dentro do carro parecia subir, e o olhar de Joaquim se tornou ainda mais ardente, desejando-a com intensidade.
Percebendo a mudança em Joaquim, Natacha imediatamente entendeu suas intenções. De fato, Joaquim, com a voz rouca, rapidamente ligou o carro e disse:
- Vamos para casa.
O coração de Natacha disparou, temendo que ele agisse novamente como na noite anterior. Ela estava grávida e precisava proteger o bebê. Se sentindo como uma ave assustada, ela não sabia como lidar com o humor incerto de Joaquim. O medo e a incerteza a envolviam como um manto, tornando cada respiração pesada e dolorosa. Ela não podia revelar sua gravidez ainda, mas precisava encontrar uma maneira de evitar que ele a tocasse.
Quando Joaquim estendeu a mão e segurou a dela, perguntou em tom sério:
- Em que está pensando?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...