Natacha franziu levemente as sobrancelhas e perguntou:
- O que foi?
Joaquim sussurrou, sua voz mal se elevando acima de um murmúrio:
- Você esqueceu o que me prometeu? Mesmo que seja uma atuação, precisamos parecer um casal feliz diante do meu avô. Acabamos de dizer que ficaríamos aqui para cuidar dele. Se você for dormir na sala de plantão e me deixar sozinho, o que ele vai pensar?
Natacha olhou para a cama com hesitação e murmurou:
- Mas essa cama não é suficiente para dois.
Joaquim deu um sorriso quase imperceptível antes de adotar um tom sério:
- A gente se aperta.
Natacha mordeu os lábios, indecisa. Eles já estavam divorciados, como poderiam dividir a mesma cama? Ela mal conseguia conversar com ele sem se sentir desconfortável.
Joaquim se inclinou para mais perto, sua voz suave:
- Nat, eu não vou te tocar. Só vamos dormir, nada mais. Não se preocupe, tá?
Natacha ergueu os olhos, olhando para ele com medo. Ele parecia um lobo perverso, pronto para capturar sua presa. No entanto, pensando em Paulo, que tinha pouco tempo de vida e certamente queria vê-los felizes juntos, Natacha decidiu que precisava agir para não deixar seu avô partir com arrependimentos.
Com relutância, ela concordou.
Na hora de dormir, Joaquim pediu que ela ficasse do lado de dentro da cama, com receio de que ela caísse, pois a cama era estreita. Natacha se encolheu no canto, praticamente colada na parede, tentando manter a maior distância possível entre eles.
Mas, por algum motivo, depois que a luz foi apagada, o corpo de Joaquim começou a se aproximar cada vez mais. O quarto estava imerso em um silêncio profundo, quebrado apenas pela respiração regular de Paulo no quarto ao lado.
Ela podia sentir o calor de seu corpo e ouvir sua respiração ligeiramente ofegante. Cada movimento de Joaquim parecia maior na escuridão, aumentando a tensão entre eles.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...