Natacha olhou para o chão, incapaz de enfrentar o olhar de Paulo. A verdade é que ela admirava a forma como Paulo lidava com a morte, aceitando seu destino com uma tranquilidade impressionante. No entanto, ela não conseguia sorrir e se despedir dele. Sua própria dor era esmagadora demais.
Apesar disso, sua razão dizia a ela que continuar com o tratamento seria inútil. Paulo apenas sofreria ainda mais. Submeter seu avô a sessões de radioterapia e quimioterapia àquela altura seria pura tortura, uma crueldade que ela não poderia suportar.
Ela respirou fundo e, tentando conter as lágrimas, assentiu firmemente.
- Vovô, eu entendo. Prometo que farei de tudo para que você seja feliz todos os dias daqui em diante. - Disse Natacha, com a voz tremendo de emoção.
- Essa é a minha menina. - Paulo respondeu com um sorriso fraco, mas cheio de carinho. - Sempre soube que você era especial. Ter você na nossa família foi uma bênção para o Joaquim.
O coração de Natacha apertou de tristeza.
Felizmente, ele não sabia que ela e Joaquim já haviam se divorciado.
Paulo, embora estivesse acordado, ainda estava muito fraco e logo adormeceu novamente, exausto pela breve conversa.
Aproveitando que Paulo estava dormindo, Natacha saiu silenciosamente do quarto e foi procurar Joaquim.
Ela finalmente o encontrou sentado em um banco no térreo do hospital.
Ela se aproximou rapidamente, seu coração acelerado com a urgência da situação.
- Vovô acordou com muita dificuldade. - Disse ela, quase sem fôlego. - Você realmente vai desperdiçar o pouco tempo que resta não ficando ao lado dele?
Joaquim ergueu a cabeça lentamente, seu olhar frio e cortante.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...