Natacha disse casualmente e então mudou de assunto, perguntando:
- Ah, e as luvas que você disse que me daria?
Isadora, com um sorriso nos lábios, as tirou de sua bolsa:
- Aqui estão. Veja, você gosta?
As luvas eram feitas de lã grossa, com uma base vermelha e dois chifres de rena brancos, extremamente fofas.
Natacha, emocionada, disse:
- São lindas, obrigada, Isadora.
Ao ver Natacha agradecer tão formalmente, Isadora, um pouco envergonhada, acenou com a mão, dizendo:
- Agradecer por quê? Não é nada de valor.
Natacha colocou as luvas e perguntou:
- Ficaram bonitas?
- Ficaram lindas. - Respondeu Isadora, sorrindo. - Veja, é assim que deve ser. Nós, mulheres, devemos cuidar bem umas das outras e não nos deixar influenciar por pessoas que não valem a pena, não é?
Natacha sabia a que ela se referia.
Olhando para as luvas quentinhas em suas mãos e para as mensagens engraçadas que Rosana enviava a cada três dias no celular, Natacha se confortou, percebendo que ainda havia muitas coisas bonitas no mundo que mereciam sua atenção, realmente não havia necessidade de deixar o passado ocupar sua vida.
Para distraí-la, Isadora sugeriu:
- Que tal isso, vamos tirar uma boa soneca à tarde e à noite vamos ao cinema?
Natacha suspirou e disse:
- Não, à tarde eu ainda preciso ir ao hospital.
Isadora, surpresa, perguntou:
- Ainda precisa ir ao hospital? Você não estava de plantão à noite? Hoje, depois do plantão, você ainda não pode descansar?
Afinal, os plantões noturnos são muito cansativos, muitas vezes exigindo uma noite inteira acordada.
Além disso, os médicos, após o plantão noturno, ainda precisam fazer rondas nas enfermarias e cuidar dos pacientes, muitas vezes só podendo ir descansar no final da manhã do dia seguinte.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...