No dia seguinte, que era um fim de semana, Natacha tinha combinado com Isadora de ir até a loja de chá com leite onde ela trabalhava.
Caminhando pelas ruas movimentadas da cidade, Natacha sentia uma mistura de ansiedade e animação.
Isadora, sempre prestativa e com um sorriso acolhedor, explicou:
- Acontece que uma das garotas que trabalhava na loja vai sair, e a dona precisa de alguém para substituí-la. Então, eu sugeri você. Pagam cento e cinquenta reais por dia, o que é bem razoável.
Natacha agradeceu repetidamente, sentindo uma onda de gratidão. No passado, cento e cinquenta reais talvez não fossem suficientes nem para comprar uma camiseta, mas agora, cada centavo contava. Ela precisava ser independente e não podia mais depender do dinheiro da família Gonçalves, muito menos do de Joaquim. Estava determinada a fazer um bom trabalho e mostrar seu valor.
Ao chegar na loja, Natacha foi recebida pela dona, uma mulher de quarenta e poucos anos, com um sorriso caloroso que a fez se sentir imediatamente à vontade. A mulher, gentil e paciente, mostrou a Natacha o básico sobre como preparar as bebidas.
Perto do meio-dia, a dona disse com uma expressão satisfeita:
- Natacha, você aprende rápido. Se estiver tudo bem, pode começar amanhã às nove da manhã. Pagamos diariamente, e nossos fins de semana são os mais movimentados, então precisamos de ajuda extra. Se tiver tempo durante a semana, também pode vir.
- Obrigada, de verdade. - Disse Natacha, com um sorriso de orelha a orelha, se sentindo bastante feliz e orgulhosa. Era a primeira vez que conseguia um trabalho por conta própria, e a sensação de independência era empolgante.
Isadora, observando a amiga com um brilho de admiração nos olhos, comentou:
- Eu realmente te invejo! Trabalho porque preciso, por necessidade. Mas você parece tão feliz, como uma jovem rica experimentando a vida.
- Isa... - Natacha começou, sem saber como responder, mas querendo mostrar sua solidariedade. - Agora, estou na mesma situação que você. Tenho que contar apenas comigo.
Isadora sorriu, tentando aliviar o clima.
- Tudo bem, eu só estava desabafando. Vamos, vou te levar para comer algo gostoso para comemorar seu novo emprego.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...