Xavier levou Manuel até a sala do presidente.
- Presidente, Sr. Manuel está aqui.
- Certo, pode sair. - Joaquim dispensou Xavier e perguntou imediatamente. - E então? Você foi à delegacia hoje, descobriu alguma coisa nova?
Manuel se sentou à sua frente, tomou um gole de chá e disse:
- Nem me fale. Em tantos anos, esse é um dos poucos processos judiciais verdadeiramente desafiadores que já enfrentei.
- Como assim? - Joaquim perguntou. - Até você está achando difícil?
Manuel torceu a boca e respondeu:
- Sou advogado, não sou um milagreiro! Sinceramente, a chance de ganhar esse caso é mínima. As provas são conclusivas, e além disso, Rafaela está grávida, então o juiz certamente será favorável a ela.
Joaquim franziu a testa e perguntou:
- O motorista anterior insistiu que foi Rodrigo quem o instruiu. Você já investigou o passado desse motorista?
- Já mandei investigar e não há nada suspeito. Ele é solteiro, só tem uma mãe idosa e gravemente doente em casa. Além disso, a polícia encontrou registros bancários mostrando que Rodrigo transferiu cinco mil reais para ele.
- Cinco mil? - Joaquim exclamou sem acreditar. - Apenas cinco mil e ele aceitou fazer algo tão criminoso?
Manuel pensou um pouco e respondeu:
- Provavelmente a família dele é extremamente pobre. Quando uma pessoa está desesperada por dinheiro, é capaz de fazer qualquer coisa. Já encontrei outros clientes igualmente desesperados, dispostos a qualquer coisa por algumas poucas milhares de reais.
Mas Joaquim ainda achava isso incompreensível.
Arriscar seu futuro por meros cinco mil reais?
Ele suspirou e perguntou:
- E quanto a Rodrigo, o que ele disse?
- Ele ainda nega tudo, dizendo que os cinco mil reais foram um empréstimo para o motorista. - Manuel suspirou também. - Mas ninguém acredita nisso. Não há nenhuma prova de empréstimo, nenhum documento ou recibo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...