Natacha então tirou do armário o cachecol que havia tricotado para ele e disse:
- Amanhã vai esfriar de novo, isto é para você.
Joaquim deu um olhar para o grosso cachecol cinza escuro.
Se fosse antes, ele realmente ficaria muito feliz com essa iniciativa dela.
Mas agora, ele só sentia que toda a submissão e gentileza dela para com ele eram para agradar Rodrigo.
Ou talvez, fosse por outros motivos?
Ela não tinha dito antes aos amigos?
Ele e ela eram apenas uma encenação, apenas se aproveitavam um do outro!
Quanto mais Joaquim pensava, mais irritado ficava. Pegou o cachecol e jogou ele de qualquer jeito no pequeno sofá ao lado, dizendo:
- Eu não gosto de usar essas coisas.
Ao terminar de falar, ele já havia entrado na cama, fechando os olhos e se virando de costas para ela.
Uma sombra de decepção passou pelos olhos de Natacha.
Afinal, Isadora estava certa.
O cachecol torto e desajeitado que ela tricotou claramente não estava à altura. Com seu status e posição, como ele poderia gostar disso?
Suspirando levemente, ela subiu na cama em silêncio.
Os dois, cada um com seus pensamentos, dormiram de costas um para o outro.
Até que à noite, Joaquim ouviu o som leve e baixo de um choro, e seu coração se apertou. Ele se virou.
Sob a luz amarela e suave do abajur, as costas finas e delicadas da pequena mulher tremiam levemente, evocando uma forte compaixão.
- Natacha. - Sua voz era grave, e ele a sacudiu levemente.
A pequena mulher, em uma atitude de birra, usou o cotovelo para se afastar dele, ignorando ele.
Joaquim teve que usar um pouco de força para virar seu corpo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...