Rosana hesitou. Deveria abrir aquele arquivo e dar uma olhada? Ela sabia que não deveria violar a privacidade dos clientes de Manuel. No entanto, a enorme curiosidade a consumia, fazendo com que ela desejasse desvendar o mistério. E se realmente tivesse a ver com a família Gonçalves?
Decidida, Rosana abriu o arquivo e começou a folheá-lo rapidamente. Em poucos minutos, compreendeu a gravidade da situação: a família Gonçalves estava enfrentando um grande problema! Seus olhos se arregalaram ao ler cada linha. A sensação de urgência aumentou, e sem perder mais tempo, ela se dirigiu para a saída com passos apressados e coração acelerado.
A assistente de Manuel a viu e perguntou, com preocupação estampada no rosto:
- Srta. Rosana, o Sr. Manuel deve estar voltando em breve. Você não vai esperar por ele?
- Eu tenho um compromisso urgente. Desculpe, a entrevista terá que ser remarcada. - Rosana respondeu rapidamente, quase sem fôlego, enquanto se apressava em sair.
Ao chegar à porta do escritório, ela esbarrou em Manuel que estava entrando, seu rosto sérioexpressando surpresa.
- Ah! - Ela exclamou, o salto do seu sapato alto torcendo, fazendo com que ela perdesse o equilíbrio e começasse a cair para trás. O coração dela pulou de medo ao perceber que estava prestes a cair.
No momento em que pensou que ia cair, sentiu uma mão firme segurando sua cintura com força, estabilizando-a. Rosana ficou atordoada e olhou para cima, encarando o rosto austero e frio de Manuel. O toque dele era firme e inesperadamente gentil.
- Você... - Ela gaguejou, surpresa, suas palavras saindo entrecortadas. Tinha esperado tanto tempo por ele, e agora, quando estava prestes a sair, acabava esbarrando nele.
Rosana prendeu a respiração por instinto, seus olhos fixos nele. Os olhos dele, escondidos atrás dos óculos de armação dourada, tinham uma profundidade misteriosa enquanto ele observava suas bochechas vermelhas. Ela sentiu o calor subir ao rosto, intensificando sua cor.
Rosana estava vestida com um conjunto profissional verde-claro naquele dia, que a fazia parecer fresca e confiante. As sobrancelhas levemente arqueadas davam um toque de determinação ao seu rosto. O contraste de sua aparência delicada e a intensidade da situação deixavam ela ainda mais atraente.
Finalmente, Rosana recobrou os sentidos, se afastou e tentou se recompor, o rosto ainda vermelho de vergonha.
- Desculpe, Sr. Manuel, eu não vi o caminho. - Sua voz era um pouco trêmula, tentando recuperar a compostura.
Manuel deu um passo à frente, a voz grave e cheia de uma autoridade que parecia natural.
- Eu é que devo pedir desculpas por fazer você esperar tanto. Tive um caso complicado esta manhã e só agora consegui resolver. - Seus olhos penetrantes não deixavam espaço para dissimulação.
Ele então sugeriu, com um tom mais suave. - Vamos, vamos concluir a entrevista. Eu convido você para almoçar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...