Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 657

Os olhos de Teófilo se aguçaram ainda mais:

- O que mais você sabe?

- Veja sua reação, parece que acertei. Não tenho segundas intenções, esta visita foi realmente só para ver vocês. Mas preciso te contar algo. Nossa família tem muitos defeitos, somos obsessivos e dedicados. Uma vez que gostamos de alguém, é para a vida inteira, o que tem um lado duplo.

Agatha falou com profundidade:

- Porque nem eu nem seu pai te ensinamos a amar, Teófilo. Eu não quero que você repita os erros do passado. O amor nunca é apenas um desejo unilateral. O que mais me arrependo nesta vida são as coisas que fiz para o seu pai, que causaram uma dor indelével em você e em sua irmã.

Essas palavras soaram mágicas para Teófilo, que nunca imaginou que um dia sua mãe diria tais coisas a ele.

- Eu cuidarei bem dela. - Após uma pausa, Teófilo falou novamente. - Já que você conhece Dona Rosa, poderia me ajudar a descobrir algo? A origem da Paty.

- O quê? - Agatha ficou surpresa.

- Ela não é filha de João. A única que conhece a verdade é Dona Rosa. Quando estávamos no país, várias pessoas tentaram fazer mal à Paty, e eu suspeito que isso tenha a ver com sua família biológica.

- Eu ficarei de olho nisso para você. Posso vê-la agora? - Agatha falou de maneira carinhosa, com um tom meio manhoso.

Teófilo concordou.

Patrícia tinha acabado de tomar banho e saiu, encontrando a mulher sentada na beira da cama.

Apenas por estar sentada ali, Agatha já impunha uma grande pressão sobre Patrícia, que se endireitou.

- Sra. Agatha.

Agatha acenou para ela:

- Venha aqui.

Patrícia caminhou obedientemente até Agatha para ser examinada. Ela estava preparada, imaginando em sua mente quanto dinheiro Agatha ofereceria e ela para que ela deixasse Teófilo.

Com os meios de Agatha, certamente seria uma quantia generosa.

- Abra e veja.

Patrícia pensou que poderia ser um cheque ou algo semelhante para persuadi-la a ir embora, mas dentro havia uma pulseira azul-celeste.

Era visivelmente pura, emitindo um brilho suave sob a luz, mais bonita que a que Agatha usava no pulso.

- Isto...

- Este é um símbolo das noras da família Amaral. Clara mesma colocou ela no meu pulso naquele tempo. - Agatha suspirou. - Esta pulseira esteve comigo a vida inteira. Eu costumava pensar que, enquanto eu fizesse parte da família Amaral, ele sempre voltaria. Mas, no final, acabou assim.

Patrícia baixou os olhos para ver a longa cicatriz no pulso de Agatha. Percebendo o olhar de Patrícia, Agatha exibiu abertamente sua ferida.

- As pessoas não morrem tão facilmente ao cortar os pulsos, sabia? Eu estava sangrando, esperando que ele voltasse.

- Ele voltou?

- Não, eu assisti meu próprio sangue lentamente se esgotar até eu desmaiar por perda de sangue, e ele nunca veio. Não fui tola?

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu