Ela girou seus grandes olhos redondos duas vezes e disse, "Você não está sempre dizendo que eu me coloco no lugar da sua esposa sem querer? Deixe-me ver como é sua esposa, que tipo de pessoa ela é, para eu ter uma clara noção de mim mesma e não acabar me colocando no lugar dela sem motivo."
Márcio ficou em silêncio, e depois de um longo momento, soltou algumas palavras vagamente: "Eu avisarei quando for a hora."
Realmente, era necessário que ela tivesse uma clara noção de si mesma, para evitar assumir o papel de substituta literária impulsivamente.
No caminho de volta, Denise sentia-se como se estivesse em meio a ondas do mar, com emoções tumultuadas. Ela jamais esperaria que alguém se passasse por ela para se aproximar de Márcio!
Entrando na sala, viu Guilherme sentado no sofá, lendo uma revista de negócios, à sua espera.
"Pai, você ainda não foi dormir."
"Você voltou." Ele sorriu levemente e pediu ao empregado que trouxesse a sopa de ninho de andorinha.
Denise sentou-se ao lado dele e tomou um gole, "A vovó voltou para o hospital?"
"Vamos levá-la de volta amanhã, e ela provavelmente receberá alta em uma semana." Guilherme falou casualmente, claramente esperando para conversar com sua filha.
Denise percebeu e perguntou baixinho, "Você tem algo para me dizer?"
Guilherme tomou um pequeno gole de chá, hesitou por um momento antes de começar a falar devagar, "Você é próxima dos filhos da família Fonseca?"
Denise suspirou internamente, sabendo que essa conversa viria.
"Conheci o Sr. Bruno quando fiz a cirurgia nele, somos apenas amigos."
Nesse momento, Lucinda estava no quarto do filho. Ela estava muito insatisfeita com o comportamento dele naquele dia.
"O que você está fazendo, ajudando estranhos a criticar sua própria irmã?"
Henrique serviu-se de um copo de espumante, sentou-se no sofá com uma ruga na testa, "Mila é minha irmã de sangue, não uma estranha. Não é de se admirar que, depois de tantos anos, papai nunca te deixou 'oficializar'. Ele sabe muito bem que você não trataria Camila direito."
Henrique balançou levemente o copo de bebida que tinha em mãos, "Eu sou adulto, posso cuidar dos meus próprios assuntos, não precisa se preocupar comigo. Melhor você se preocupar mais com a Rosália."
Afinal, ele nunca foi realmente importante para eles, tratado como um mero instrumento, apenas sendo valorizado quando necessário.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Ser Dominado Pela Minha Louca Esposa Médica
E o restante?...