Márcio levantou a mão e deu um leve tapa na cabeça dela.
"Parabéns, você conseguiu salvar sua própria vida novamente."
Ainda não, estava pensando em como fazer.
Denise pegou uma garrafa de água mineral e entregou a ele.
"O presidente Fonseca vai ficar no hospital cuidando de seu pai hoje, certo? Que tal vir ao meu apartamento à noite para comer carnes assadas? Agora é a época de comer, e os que eu preparo são deliciosos."
Um brilho astuto passou pelos olhos de Márcio.
"O que é que você está tramando agora?"
Estava tentando aproveitar a oportunidade para ganhar mérito e se aproximar dele, na esperança de ganhar sua admiração?
Denise mexeu nos cabelos atrás da orelha: "Realmente tenho um pequeno assunto que gostaria de discutir com você."
Márcio murmurou baixinho, como esperado,não há almoço grátis, nem jantar.
"Que assunto?"
Ela sorriu timidamente: "Vamos comer e conversar à noite."
Márcio estreitou os olhos, um olhar frio e sombrio apareceu, tornando-o particularmente gelado.
"Não pense que por ter feito um pequeno favor, você vai me impressionar. Sua habilidade médica e sua personalidade são duas coisas diferentes."
O sorriso dela endureceu, o comentário era espinhoso e doloroso.
"Eu sei o meu lugar, a opinião do presidente Fonseca sobre mim nunca mudará, mesmo que o céu desabe. Eu juro que não tiver mais nenhum pensamento inapropriado em relação ao presidente Fonseca!"
Ela já não se importava mais, tinha desistido de tentar.
Afinal, o esforço também é inútil.
O belo rosto de Márcio tensionou-se, não sabendo bem porquê, mas a frase seguinte deixou-o ligeiramente incomodado.
Ela estava planejando mudar seu alvo para aquele tal de Gilberto?
"Considerando que você ainda tem algum mérito, vou lhe dar o prazer da minha presença esta noite."
Ele queria ver o que ela estava tramando em sua cabeça.
"Combinado."
Ela pegou um bacalhau assado, mergulhou na queda e colocou no prato dele.
Márcio olhou para ela sombriamente, seu olhar era profundo e perspicaz.
Tão proativa, tão atenciosa, definitivamente havia algo por trás disso.
Ele pegou o bacalhau e colocou na boca, o sabor era... razoável.
"Você tem algo a me pedir, fale."
Denise tomou um gole de cerveja, ganhando coragem.
"Presidente Fonseca, eu... eu quero me entregar e espero poder ter uma redução de pena."
Márcio estremeceu levemente, seus olhos escuros se estreitaram: "O que você quer dizer com 'me entregar'? Eu não sou policial."
Ela baixou a cabeça, sua voz tão baixa quanto um sussurro: "A questão do iate... fui eu quem fez, você poderia retirar a acusação? Eu pago uma indenização, pode ser?"
Ela tirou um cartão do bolso: "Tem cinquenta mil aqui, se não for suficiente, eu arranjo mais."
Márcio se recostou na cadeira, um frio surgiu em seus olhos, com um traço de julgamento: "Proteger o verdadeiro criminoso, assumir a culpa por ele, só vai resultar em uma pena maior."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ser Dominado Pela Minha Louca Esposa Médica
E o restante?...