Dora baixou o olhar, escondendo as emoções que afloravam em seus olhos, e não aceitou o café que Nayara lhe oferecia, apenas disse de forma serena:
"Eu cumprirei com as minhas responsabilidades."
Sua indiferença e distância eram características de uma secretária que levava seu trabalho a sério.
Nayara entendeu imediatamente, deu um leve sorriso, e não disse mais nada, apenas: "Tudo bem, eu vou indo então".
Dora se levantou e acenou com a cabeça na direção de Nayara.
Pouco tempo depois da saída de Nayara, Anderson saiu do escritório, caminhando rapidamente em direção à sala de reuniões.
Dora já havia preparado todos os materiais necessários e prontamente se levantou para segui-lo com os documentos em mãos.
A reunião de hoje era especialmente importante, com vários funcionários se revezando para apresentar seus relatórios de trabalho.
Todos estavam extremamente cautelosos, seja explicando o PowerPoint ou relatando outras tarefas, permanecendo atentos ao que diziam e faziam, com medo de cometer algum erro.
Isso porque... todos na sala podiam sentir claramente duas correntes de ar frio.
A primeira vinha da unidade central de ar-condicionado acima de suas cabeças.
Quanto à segunda...
Todos olharam discretamente na direção de Anderson.
Desde o início da reunião, Anderson manteve uma expressão séria, ouvindo os relatórios da equipe em silêncio, girando impacientemente a caneta entre os dedos.
Todos os presentes eram perspicazes e entenderam rapidamente a mensagem apenas com uma expressão facial.
Hoje, o humor do Sr. Rocha estava péssimo.
Por isso, todos decidiram ficar atentos, ouvir com atenção, sem cochilar, sem falar baixo, sem se tornar alvo dos desabafos irritados do chefe.
Dora sentou-se em sua poltrona, consultando o relógio de vez em quando.
Eram quase seis horas.
Assim que a reunião terminasse, aqueles que não precisavam fazer hora extra poderiam ir embora.
Enquanto Dora ponderava, o funcionário já havia concluído o resumo final, fechando os documentos em suas mãos e olhando cautelosamente para Anderson, esperando por sua opinião.
Um segundo se passou, depois dois, e então dez segundos...
Anderson continuou sentado lá, sem dizer uma palavra.
Como resultado, a atmosfera na sala de reunião ficou ainda mais tensa.
O Sr. Rocha concordou ou não com a proposta?
Considerando a expressão sombria do Sr. Rocha, parecia que ele não concordava.
Mas se esse fosse o caso, ele já deveria ter levantado objeções e repreendido a equipe.
Então, ele concordou ou não?
Os funcionários presentes achavam que deveriam usar o tempo livre para aprender a interpretar microexpressões, pois adivinhar os pensamentos do chefe era extremamente difícil!
Todos estavam apreensivos, especialmente o funcionário que tinha acabado de se apresentar e ainda não tinha se sentado, cujo rosto estava quase formando a palavra "sofrimento" com as rugas de preocupação.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...