Anderson tinha plena consciência de que eles venceriam.
No entanto, essa vitória apenas faria com que aqueles dois animais passassem alguns anos na prisão, para depois saírem e recomeçarem suas vidas.
Recomeçar a vida.
Apenas ouvir essas palavras já soava incrivelmente irônico.
Claramente, a culpa era deles, que por conta de suas ideias sujas causaram mal a pessoas inocentes, mas tudo o que precisavam fazer era passar alguns anos na prisão para redimir-se, como se pudessem simplesmente começar de novo após saírem.
E quanto a Mirela e Dora, vítimas desse horror?
Suas preciosas vidas poderiam recomeçar?
Mirela se suicidou, e Dora passou a vida inteira em um mundo de inferioridade, sem salvação.
Incluindo a família de Mirela - Anderson e Célio perderam sua amada irmã, Gustavo e Alina perderam sua única filha...
Quantas vidas eles arruinaram?
Talvez nunca tenham contado…
O Dr. Neves fechou o computador, olhando seriamente para Anderson: "Sr. Rocha, a morte de sua irmã por suicídio, embora relacionada ao caso, não foi causada diretamente pelos acusados, portanto, só podemos responsabilizá-los indiretamente. Encarcerá-los é fácil, mas a prisão perpétua... é complicada".
A família Rocha lutou por tantos anos e não desistiu, justamente porque não aceitaria uma sentença tão leve, pois estava determinada a exigir que a dívida fosse paga com a mesma moeda, vida por vida.
Mas... as ações dos acusados, embora abomináveis, não justificavam a prisão perpétua, especialmente porque Mirela já era maior de idade, e não houve coerção contra uma menor.
Além disso, os dois criminosos, André e Afonso, vinham de famílias com recursos e influência, e essa influência era o ponto crucial.
Um lado insistia na prisão perpétua, o outro na absolvição e, depois de tantos anos, ainda não havia uma conclusão.
"..." - No fundo, Anderson também sabia que as provas que tinha não eram suficientes para condenar aqueles dois à morte.
Mas...
"A prisão perpétua é imperativa."
Mas seu coração ainda estava batendo rápido...
A água entrou nos olhos de Dora, causando desconforto.
Ela olhou para seu reflexo no espelho, respirando com dificuldade, sem conseguir recuperar o fôlego.
Talvez por causa do choque com a água fria, sua pele estava pálida.
Dora segurou a camisa sobre o peito, tentando controlar a respiração, enquanto a outra mão vasculhava a bolsa.
Finalmente, ela encontrou a caixa de remédios.
Como alguém à beira da morte ansiando por salvação, ela abriu a caixa de remédios desajeitadamente, tremendo, e tirou os comprimidos.
Um, dois, três...
Ela mesma não sabia quantas tomou, apenas colocou todas na boca e, sem usar água, mordeu as pílulas, espalhando o gosto amargo em sua boca novamente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...