Dora piscou os olhos por um momento, estendeu a mão e pressionou o botão, liberando água que, sem um copo para capturá-la, escorreu diretamente para a pia abaixo.
Um jato de água fria transbordou.
Ela ficou olhando para o jato de água e, de repente, estendeu a mão para tocá-lo.
"Dora!" - A voz de Nadia veio de trás dela, trazendo Dora de volta aos seus sentidos abruptamente.
Ela se virou e viu Nadia correndo em sua direção, visivelmente angustiada, e rapidamente desligou o botão de água fria.
"Dora, o que você está fazendo?" - O tom de Nadia carregava uma tensão óbvia.
Dora hesitou por um momento, mas depois sorriu: "A água estava morna, eu queria resfriá-la um pouco para beber".
Ao ouvir isso, Nadia finalmente relaxou.
"O que aconteceu?" - Dora colocou um copo embaixo da bica de água fria, apertou o botão novamente para esfriar a água um pouco mais e depois tomou um gole, percebendo o olhar ansioso de Nadia.
Ela respondeu com um sorriso irônico.
"Só estou pegando água, por que está tão nervosa?"
"Dora, você ainda está perguntando." - Nadia bufou, com as bochechas inchadas e uma expressão que ainda carregava traços de pânico: "Quando vi a água gelada descendo, pensei que você fosse colocar a mão embaixo dela, quase morri de medo! Pensei que você teve problema."
"..." - Dora fez uma pausa para beber a água.
Nadia, sem saber da reação de Dora, continuou, ainda assustada com o que tinha visto: "Aquela água estava tão gelada..."
"..." - Dora curvou levemente os lábios: "Eu estava pensando no trabalho, não prestei muita atenção. Não é nada, não se preocupe."
"Entendo." - Nadia assentiu com a cabeça.
Ela sorriu para Nadia e as duas se viraram para voltar.
"O problema é sério. O advogado contratado pela outra parte tem grande reputação nos círculos jurídicos. Sem mais provas, há uma chance de que eles sejam libertados sem condenação."
As exigências de ambos os lados eram muito diferentes.
A família Rocha exigiu a prisão perpétua para os acusados, enquanto o advogado de defesa insistiu na absolvição.
As evidências disponíveis apenas comprovaram a culpa dos acusados, sendo que os crimes de violência sexual são puníveis com três a dez anos de prisão, mas o suicídio de Mirela complicou as coisas.
De acordo com um dos artigos do código penal, crimes sexuais contra mulheres ou meninas que resultem em ferimentos graves, morte ou outras consequências graves podem levar a uma sentença de dez anos ou mais, ou prisão perpétua.
A sentença depende das circunstâncias específicas.
A defesa alegou que, no momento do crime, os acusados estavam embriagados e descontrolados, afirmando que o ato não foi intencional e que, mesmo que tivessem cometido um erro, não era suficiente para justificar a prisão perpétua, rejeitando, assim, o pedido da família Rocha.
O impasse entre as partes já durava quatro anos sem solução.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...