Sepultando Nosso Amor com Minha Morte romance Capítulo 60

Dora ficou surpresa por um momento, mas logo sorriu: "Obrigada, vovô."

"Está bem, entre logo."

A madrugada estava um pouco fria, e uma brisa gelada soprava sobre a pele.

"Jovem, por que você não colocou um casaco antes de sair?"

Ao ouvir as reclamações, Dora apenas sorriu levemente e respondeu, pegando as ferramentas que havia deixado com o homem mais velho antes de entrar.

O lugar era muito silencioso e desolado.

Não havia necessidade de luz ou de alguém para guiá-la, Dora caminhou familiarmente até parar em frente a um túmulo.

Ela parou ali, olhando primeiro para a lápide fria, sem colocar os girassóis em cima, mas ao lado.

Ajoelhada com um joelho no chão em frente à lápide, ela colocou as ferramentas que havia tomado do homem ao lado de sua perna.

Era um balde pequeno, que o idoso já havia enchido de água para ela.

Dora mergulhou um pano seco no balde e, depois de torcê-lo, começou a limpar cuidadosamente a lápide, removendo toda a sujeira.

Ela permaneceu em silêncio, concentrada na tarefa.

Depois da limpeza, ela finalmente pegou o buquê de girassóis e olhou para a lápide.

Embora o céu estivesse escuro demais para ler as inscrições, Dora sabia o que estava escrito.

Túmulo de Mirela, a filha querida.

Ela baixou o olhar, colocou os girassóis sobre a lápide e falou baixinho: "Vim ver você, hoje é seu aniversário, feliz aniversário".

"......"

Ninguém respondeu, apenas uma brisa fria soprou novamente.

Dora estava tranquila.

Ela sempre foi uma pessoa de poucas palavras.

Encostada ao lado da lápide de Mirela, dobrou as pernas, abraçando-as com os braços.

Ela não disse mais nada, apenas sentou-se ali em silêncio, com a cabeça baixa.

Ela sabia que as pessoas da família Rocha realmente não queriam vê-la.

Ainda era cedo, a família Rocha provavelmente não viria tão cedo.

Por outro lado, Célio acompanhou Aline para visitar Mirela. Célio segurava um buquê de girassóis em uma mão e apoiava Aline com a outra.

Nos últimos anos, a saúde de Aline se deteriorou e, às vezes, ela chorava tanto por Mirela que chegava a desmaiar.

"Mamãe, você não precisa ter vindo ver a irmã tão cedo" - disse Célio.

Aline estava sem maquiagem, aparentando cansaço, e seu cabelo estava apenas preso casualmente com um elástico.

Ouvindo as palavras do filho mais novo, Aline balançou a cabeça: "Eu sonhei com sua irmã, ela sempre amou celebrar seu aniversário... ela deve estar com saudades de nós."

Por isso, ela quis vir cedo para visitá-la.

Ao ver sua mãe tão abatida, Célio não sabia como consolá-la e só conseguia ficar em silêncio.

Diziam que as meninas eram quem aquecia o coração dos pais, mais atentas e compreensivas do que os meninos.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte