"Dora, lá no último andar do shopping há uma loja de faça-você-mesmo, onde dá para fazer várias coisas. Dá para criar canecas, garrafas, pratos e até capinhas de celular, pintar cofrinhos, fazer pinturas texturizadas... Tem um monte de opções. Que tal a gente dar uma olhada?"
"Claro." - Afinal, o objetivo de hoje era se divertir.
Realmente, no quinto andar do shopping havia uma loja de DIY bastante grande.
Quando elas chegaram, o local já estava cheio de clientes, todos concentrados em seus pequenos projetos.
"Estes são os objetos que vocês podem fazer aqui, deem uma olhada e escolham" - disse o atendente, entregando um folheto para Dora.
Dora folheou o catálogo atentamente e então apontou para um item, perguntando ao atendente: "O que é isso?"
O atendente olhou e respondeu: "São miniaturas de argila, que também podem ser bonequinhos feitos com uma massa super adesiva. Enquanto está mole, você pode moldar da forma que quiser e, depois de alguns dias secando ao ar, fica bem duro e resistente, desde que não seja propositalmente danificado."
Vendo o interesse de Dora pelas miniaturas, o atendente continuou: "Vocês podem fazer versões pequenas, menores que a palma da mão. Vamos fornecer um palito de madeira para suporte, assim vocês podem segurá-las. E podem levar para casa assim que terminarem."
Nadia, que estava ao lado, achou a ideia interessante e olhou para Dora: "Dora, vamos fazer isso, pode ser?"
Dora concordou com um aceno.
Depois de pagar, o atendente as levou a um espaço vazio, onde a mesa já estava preparada com argilas de várias cores e itens de decoração.
Dora seguiu as instruções meticulosamente, primeiro moldando duas esferas, depois ajustando-as conforme sua preferência, quebrando um pedaço de palito para fazer a estrutura e, em seguida, formando pequenas mãos e pés.
Ela trabalhava com dedicação, e logo um bonequinho super caricato começou a tomar forma.
Dora então modelou pequenas roupas e sapatos, esboçou delicadamente a expressão facial com tinta acrílica e, por fim, fez o cabelo...
Enquanto Nadia ainda lutava para fazer algo que parecesse bom, se virou e viu que Dora já estava trabalhando no cabelo.
Ela respondeu: "Talvez fosse no passado, mas meus pais morreram em um acidente de carro quando eu estava no segundo ano do ensino médio, e desde então tenho vivido sozinha."
Na verdade, ela nem gostava tanto de arte; era mais por causa de... Mirela.
O sonho de Mirela era ser aceita no departamento de artes da Universidade Sol d'Amazônia.
"..." - Nadia não sabia disso e ficou sem palavras.
"Dora... me desculpe, eu não queria..."
"Não tem problema." - Dora sorriu levemente: "Já se passaram muitos anos, eu já não fico mais triste."
Afinal, ela já havia se habituado a viver sozinha por todos esses anos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...