Os olhos de Anderson sempre possuíram uma magia, seja no passado ou no presente, Dora nunca conseguia fitá-los por muito tempo, pois se o fizesse, acabava se perdendo neles.
Ele estendeu a outra mão, envolvendo a nuca dela, e a puxou para baixo.
Então, beijou seus lábios.
Foi um beijo leve, suave e carinhoso, tal como no passado.
Anderson havia dito a Dora uma vez uma frase romântica em inglês:
"Do you have a map? Because I just keep losing in your eyes." - (Você tem um mapa? Porque eu acabei de me perder nos seus olhos.)
E agora, era Dora quem se perdia no olhar dele.
……………………………
No dia seguinte, ambos acordaram quase ao mesmo tempo.
Anderson soltou Dora de seus braços e levantou-se, calçando chinelos para ir ao banheiro fazer sua higiene matinal.
Dora também despertou e sentou-se na cama.
Observando-o caminhar em direção ao banheiro, ela ficou meio atordoada.
Então, eles estavam... reconciliados?
Após Anderson sair do banheiro, Dora, vestida com uma camisola, aproximou-se, habilmente abriu a porta do armário de vidro e escolheu uma camisa branca para ajudá-lo a vestir, abotoando-a de baixo para cima.
Anderson olhou para baixo, em silêncio, observando-a, sem dizer uma palavra, aproveitando o cuidado dela.
"Hoje tenho uma reunião às sete e meia da manhã, à uma da tarde um jogo de golfe com o Sr. Barreto do Grupo Empresarial Fonte da Prosperidade e às seis e meia um jantar com o Sr. Tavares, marcado há três meses." - Dora terminou de abotoar os punhos da camisa e, em seguida, abriu o armário ao lado, escolhendo uma gravata escura com bordados personalizados para ele.
Para diferentes ocasiões, diferentes maneiras de atar a gravata são necessárias. Se for uma ocasião de assinatura de contrato, por exemplo, um nó mais complexo é preferível para demonstrar importância.
Ele continuou olhando, apenas olhando...
Quando Dora estava prestes a perguntar o que estava acontecendo, Anderson desviou o olhar e virou-se.
Olhando para as costas dele, algo ocorreu a Dora, e ela chamou: "Anderson."
Ao ouvir seu nome, Anderson parou, tensionando as costas.
Essa mulher, finalmente se dando conta de algo.
Ele virou-se, com o olhar voltando a cair nos lábios dela.
Dora olhou para Anderson e disse: "Afonso e André são delinquentes, nunca trabalharam direito em todos esses anos, apenas se envolvendo em brigas e levando uma vida desregrada. Pessoas como eles têm maldade nas veias, não acredito que não haja outras vítimas."
"Se conseguirmos encontrar outras vítimas e levar todos juntos para identificar Afonso e André, eles podem negar um, mas não conseguirão negar a todos."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sepultando Nosso Amor com Minha Morte
Acho que não e o fim Do jeito que e tenho para mim que Dora está viva ainda...
Acabou no 318 um fim sem sentido...
Estou a adorar , não páre pf...
Não tem continuação?...