Sepultando Nosso Amor com Minha Morte romance Capítulo 138

Célio ainda permanecia em silêncio.

Dora percebeu que algo estava errado, franziu a testa, encarando o rosto de Célio.

Ela havia se apressado em esconder a ferida no pulso, não prestando muita atenção em Célio.

Agora, observando-o cuidadosamente, notou que seus olhos estavam um tanto vermelhos e seu rosto mais abatido do que pela manhã.

"O que houve?"

"Depressão." - Célio finalmente falou.

Dora sentiu um aperto no coração, agarrando-se instintivamente à bolsa que segurava, embora tentasse parecer confusa: "Hã?"

"Minha mãe fez uma bateria completa de exames, e o médico disse... ela pode estar sofrendo de depressão." - Célio falou, relutante em aceitar a realidade da condição de Aline.

"E tem mais... câncer de estômago, em estágio intermediário."

Dora empalideceu instantaneamente, soltando a bolsa, que caiu no chão com o zíper aberto.

Caixas de remédio e o celular que ela havia acabado de guardar voaram para fora, espalhando-se pelo chão.

Ela tremeu, agachando-se de maneira desajeitada para endireitar a bolsa e recolher as caixas do chão, suas mãos tremiam ainda mais agora.

"Já está confirmado?"

Sua voz tremia.

"Sim." - Célio fechou os olhos, assentindo firmemente.

"Desde a morte de Mirela, o estado da minha mãe tem sido muito ruim, muitas vezes negligenciando sua dieta. Meu pai já pensava em levá-la ao médico há alguns anos."

Seja para exames físicos ou avaliações psicológicas.

"Mas minha mãe sempre se recusou, tornando-se agitada ao mencionar seu estado emocional, e meu pai, temendo estressá-la ainda mais, não insistiu."

"Célio, não é hora de ser teimoso. Aceite, a senha é... meu aniversário do dia e o do seu irmão."

Ela havia feito aquele cartão cerca de cinco ou seis anos atrás, quando estava apaixonadamente envolvida com Anderson, e por isso definiu a senha como seus aniversários.

Depois... ela nunca teve a chance de mudar.

"De verdade, não precisa, Dora." - Célio recusou novamente: "Dora, nossa família tem condições de pagar pelo tratamento."

A família Rocha era abastada.

Gustavo possuía sua própria empresa e tinha participações em várias outras, com uma renda considerável; Aline era freelancer, e desde que se casou com Gustavo, dedicava-se à pintura em casa, tendo seus trabalhos exibidos em diversas exposições e ganhando certa fama como artista.

Sem falar que agora o patrimônio de Anderson havia aumentado significativamente.

Portanto, mesmo que o tratamento custasse milhões, a família Rocha tinha condições de arcar com isso.

Quanto ao motivo de Célio ter dito isso à mesa, era apenas uma tentativa de desviar a atenção do pai e do irmão para o trabalho, reduzindo assim a preocupação deles com a doença da mãe.

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