Sem Fim: Saudade É Um Nome Desolador romance Capítulo 86

O pátio do restaurante parecia algo saído de um sonho.

Rodeado pelas cores exuberantes do Planalto Verdejante Brasileiro, o Parque das Cachoeiras Escondidas transmitia a sensação de um conto de fadas: misterioso, encantador e repleto de romantismo.

Especialidades culinárias regionais foram servidas.

A Cascata do Sol Poente, crocante por fora e deliciosamente macia por dentro, acompanhada de molhos variados, rapidamente conquistou o paladar de todos.

Marina estava radiante.

Ela sorriu com os olhos ligeiramente semicerrados, voltando-se para Tatiana com entusiasmo: "Tatiana, para onde vamos depois?"

A pergunta atraiu a atenção de todos os presentes.

Tatiana, ainda limpando com delicadeza um pouco de geleia que havia encostado no canto de sua boca, respondeu com calma: "Que tal cada um decidir o que quer fazer? O estúdio fotográfico ao lado tem uma ótima reputação. Talvez as meninas queiram experimentar."

Marina não tinha objeções.

Embora tivesse comentado com Rômulo sobre querer alimentar os sabiás-laranjeiras na entrada principal, ela sabia que a decisão final cabia a Tatiana - e ela tinha suas preferências e ideias.

Ela confiava incondicionalmente em Tatiana!

Mesmo que, por acaso, acabasse insatisfeita, jamais culparia Tatiana. Na verdade, consideraria que o problema havia sido perder no jogo que decidia as atividades.

Mas Felícia tinha uma visão bem diferente.

Após hesitar por um longo momento, ela finalmente abriu a boca: "Tatiana, você não fez um roteiro, fez?"

Tatiana levantou os olhos para encará-la.

Felícia sorriu levemente: "É que... O Parque das Cachoeiras Escondidas tem tantas lojas interessantes, comidas deliciosas para experimentar e paisagens encantadoras para fotos. Não acha que deveríamos explorar juntos? Por que nos deixar à vontade?"

Imediatamente, o chat ao vivo reagiu com intensidade:

[Exatamente! Se não preparou um roteiro, não deveria ter se oferecido para ser a guia! Deixe a liderança para a Felícia!]

[Estou farto... Quando ela vai embora?]

O chat ficou cheio de elogios.

Todos diziam como Felícia era bonita e gentil, criticando Tatiana e pedindo que ela entregasse a liderança da guia.

Tatiana, contudo, manteve a serenidade. Com um sorriso discreto, tocou a têmpora com a ponta dos dedos, como se estivesse ligeiramente aborrecida, e balançou a cabeça: "Veja só, acabei tratando você como uma pessoa mais uma vez."

[Eita! A pequena cisne está atacando!]

Renan, que observava a cena descontraído, deixou escapar um leve sorriso, divertindo-se com a firmeza de Tatiana.

Então, Tatiana pegou o cardápio à sua frente, deu uma olhada desinteressada e o empurrou de volta com desdém: "Se houvesse cérebro aqui, eu faria questão de pedir um prato para você. Quem sabe assim você aproveitaria para se fortalecer um pouco da sua noção."

"Tatiana, você..." - Felícia franziu a testa.

Tatiana, por sua vez, levantou levemente o canto dos olhos, e com um tom de voz sereno: "Eu fui pouco clara ao dizer o que significa passear livremente? Ou será que a Sra. Sampaio simplesmente não tem capacidade de compreender? Eu optei por não estabelecer um itinerário rígido justamente para que cada um pudesse aproveitar o passeio à sua maneira. Não acho que todos precisam seguir aquilo que eu gosto."

"Não me importa se você quer tomar caldo, saborear um sorvete de pistache, experimentar pães assados, carne na brasa, ou se quer sentir a emoção de passear de charrete pelas ruas, ou até mesmo ir até a entrada principal para tirar fotos com um bando de sabiás-laranjeiras e marcar no Facebook. Você é livre para escolher fazer o que quiser. Ou será que a Sra. Sampaio está tão acostumada a ser controlada que prefere que alguém tome as decisões por você?"

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