Segredos do amor romance Capítulo 94

Quanto mais Claudia pensava, mais ódio sentia. Apesar dos esforços de todos para detê-la, continuou com seu ataque de fúria.

Pedro, a quem Arthur telefonou e pediu que fosse para lá fora do horário de trabalho, estava de pé à porta do quarto. Observou em silêncio a pessoa do lado de dentro em fúria e jogando coisas.

Encostou-se à parede com os braços cruzados. Quando viu a cena, agitou a cabeça exasperado.

Como sempre, Claudia está fingindo gentileza.

Ainda assim, o ferimento em sua testa era grave, e o médico até disse que deixaria uma cicatriz considerável, então Pedro teve um pouco de pena dela.

Afinal, uma cicatriz podia afetar a autoestima de uma mulher.

No entanto, quando se lembrou de que Victoria estava grávida, sua pena pela mulher hospitalizada se desfez em um instante.

As cúmplices de Claudia continuaram dizendo a Arthur que tinha sido Victoria quem a empurrou, razão pela qual caiu e se machucou.

O assistente ficou furioso só de ouvir. Victoria pretendia enfrentar uma gravidez sozinha, como poderia empurrar alguém escada abaixo?

E mesmo que tenha empurrado, devia ter uma boa razão para isso.

Pedro sempre favoreceu a esposa de seu chefe, não gostava de Claudia e suas amigas.

Enquanto ponderava, uma delas se virou e olhou para ele de repente.

“Ei, você, onde está seu chefe? Ligue para o Sr. Cadogan.”

O tom e a maneira como se dirigiu a ele fizeram-no franzir a testa descontente.

“Está pensando na morte da bezerra? O Sr. Cadogan o mandou vir ajudar, mas olhe para você! Não fez nada além de ficar aí parado. Está vivo?”

A pessoa que falava não era outra senão a mal-humorada Elaine.

Estava fora de si porque Arthur a tinha expulsado da festa, mas agora que Claudia estava ferida, tinha esquecido todos os seus problemas.

Seus problemas não eram nada se comparados à lesão de sua amiga.

O semblante de Pedro ficou mais sério.

“O que disse?”

“Disse alguma coisa errada? Devo repetir a pergunta?”

O assistente sorriu com sarcasmo. O grupinho o enojava, e, agora que as coisas chegaram àquele ponto, não tinha mais motivos para ficar.

Deu as costas e foi embora com um olhar irritado.

“Aonde vai? Pode parar! Eu mandei parar! Estou falando com você!”

Porém, por mais alto que gritasse, Pedro seguiu em frente e partiu como se não a tivesse ouvido.

Quando o assistente se foi, Elaine reclamou com incredulidade: “O que há de errado com aquele cara? O Sr. Cadogan pediu que viesse ajudar, mas o que ele fez? Ficou ali parado sem fazer nada e foi embora! Claudia, acha que aquela mulher seduziu Arthur? Até o funcionário dele te trata mal.”

Claudia, que estava furiosa há pouco, acalmou-se quando prestou atenção às palavras de sua amiga. Virou-se para Elaine.

“O que disse?”

Seus olhos ainda estavam vermelhos e inchados de tanto chorar, assustando-a.

A mulher respondeu: “Estou errada? Mandei aquele cara ligar para o chefe dele, mas ele me ignorou e foi embora.”

Ao ser informada, lembrou-se de que, antes de ir embora, Arthur pediu que Pedro viesse para o hospital.

No entanto, como Arthur não estava por perto, não se preocupou com o rapaz e acabou esquecendo-se da presença dele, por isso deu aquele chilique.

Como Elaine lembrou-a, Claudia percebeu o erro que tinha acabado de cometer. O assistente de Arthur foi embora. Será que vai contar o que eu fiz?

Arthur ficou em silêncio.

Estreitou os olhos e examinou o assistente. Estava agindo de forma estranha nos últimos dias, pois nunca reagiu assim com incidentes semelhantes antes. Pedro sempre se dirigia a ele com cautela, mas andava bastante impulsivo e sempre olhava para seu superior com um olhar estranho.

Aquele não era o comportamento adequado de um assistente.

Irritado, Arthur falou em tom ameaçador: “Falei para ficar de olho. Dei permissão para ir embora?”

A frieza na voz de Arthur lhe deu arrepios na espinha, e o funcionário estremeceu um pouco. Temia que o homem ficasse bravo e descontasse nele.

No entanto, apesar de seu subconsciente reagir assim, permaneceu desafiador.

“Você não, mas aquelas mulheres sim. Não precisam de mim.”

“São elas que pagam o seu salário?”

À menção de dinheiro, Pedro calou-se, sentindo-se um pouco acanhado por algum motivo.

Arthur olhou-o descontente. “O que há de errado com você esses dias?”

Pedro agitou a cabeça. “O que quer dizer, Sr. Cadogan? O que pode haver de errado comigo?”

Assim que falou, queixou-se para si: O que há de errado comigo é que você é um idi*ta. Sua mulher está grávida, mas sequer cuida dela, prefere cuidar de outra mulher. Ha.

Sem que percebesse, a expressão de Pedro traiu seus pensamentos.

Arthur não soube o que dizer.

O assistente nunca tinha resposta para suas perguntas, mas sempre reagia assim.

A expressão de Arthur ficou séria e o homem reclamou: “Se não vai fazer o que mandei, dê o fora. Não quero ver você por aí me olhando desse jeito.”

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