No fim, Victoria apenas assentiu.
Encontrou Arthur sentado na poltrona quando voltou para o quarto, e, sem perceber, olhou suas roupas ao lembrar as palavras de Griselda.
Como era de se esperar, vestia apenas uma camiseta preta, misturando-se ao sofá escuro.
Não imaginava que acabariam assim.
Na verdade, mesmo que não tivessem se casado eram bons amigos desde a infância, só não possuíam a intimidade de um casal, e mesmo deixando isso de lado, ele a tinha ajudado muito.
Victoria sabia que deveria ser ela a ceder, mas por alguma razão não disse nada, mesmo depois de ficá-lo encarando por um longo tempo. Em silêncio, foi tomar um banho.
Quando voltou, Arthur não estava mais no quarto, no entanto, recebeu várias mensagens.
Verificou e descobriu que eram de um número desconhecido.
‘Este é o meu número de celular, Vixie. Lembre-se de salvá-lo.’
Embora o remetente não tivesse se apresentado, Victoria soube quem era imediatamente, pois apenas uma pessoa a chamava por aquele apelido.
Salvou o contato como ‘Bruno Morison’ e respondeu à mensagem: ‘Já sou uma mulher adulta. Pode, por favor, parar de me chamar assim?’
O celular dele talvez estivesse por perto, ou já estivesse mexendo nele. De qualquer forma, a resposta veio rápido: ‘Como devo te chamar, então?’
‘Meu nome.’
Dada a relação que tinham, o melhor caminho era referirem-se um ao outro pelos próprios nomes.
‘Seu nome?’ Bruno pareceu estar pensando, pois demorou um pouco para responder: ‘Muito bem. Vou chamá-la de Miga.’
Miga…
O apelido a fez franzir um pouco a testa, pois apenas Arthur a chamava assim, e mesmo quando o fazia, costumava ser porque estava irritado.
Pretendia respondê-lo, mas Bruno enviou uma terceira mensagem: ‘Certo, Miga, é isso. Ainda tenho trabalho a fazer. Bom descanso. Até amanhã.’
Depois de ler as mensagens, decidiu não pedir que não se dirigisse a ela pelo apelido. Olhou o relógio e descobriu que eram quase 22h.
“E pensar que ele ainda tem trabalho a fazer tarde da noite.”
Pensou em Arthur, que não estava mais no quarto e se perguntou para onde havia ido. Deixou o celular de lado e deitou-se, entregando-se ao sono num instante.
…
Acordou na manhã seguinte e encontrou o outro lado da cama vazio. Parecia que o homem não voltou ontem à noite.
Ficou lá por um tempo, perdida em pensamentos, antes de se levantar, vestir-se e descer para tomar café.
Quando passou pelo escritório, deu de cara com Arthur quando ele abriu a porta. Seus olhos se encontraram e os dois ficaram rígidos, assustados por terem esbarrado um no outro.
O homem olhou-a inexpressivo, seu belo rosto era frio e indiferente. Perguntou: “Bruno chamou todo mundo para jantar esta noite. Quer ir?”
Victoria tinha assumido que ele não falaria com ela devido ao que havia acontecido na noite anterior, e até pensou no que deveria dizer se Griselda lhe perguntasse de novo à mesa. Quem iria imaginar que Arthur tomaria a iniciativa de quebrar o gelo?
Perdida em pensamentos, lembrou-se de como suas brigas eram pesadas; quando jovem era muito descuidada com suas palavras.
“Que bom.” A jovem suspirou aliviada e colocou os documentos na mesa de Victoria.
Tinha pedido ao taxista que esperasse quando viu os dois saíram do bar na noite anterior. Porém não foram embora, ficaram conversando perto do carro.
Pareciam ter começado a brigar, mas Yasmin estava muito longe para ouvir qualquer coisa.
Sentia-se um pouco culpada, pois tinha exagerado quando falou mal de César para Arthur.
Fez aquilo principalmente porque achou-o grosseiro e, mais importante, não queria que sua chefe fosse embora, por isso disse algumas coisas que fariam Arthur tomar as dores dela.
Victoria sentiu a jovem observando-a enquanto folheava os documentos, então olhou para cima e perguntou: “Quer me dizer alguma coisa?”
“Não.” A assistente agitou as mãos negando, coçou a cabeça um pouco desajeitada e anunciou sua saída.
“Está bem. Por favor, feche a porta quando sair.”
“Como quiser.”
Vencida, Yasmin deixou o escritório. Queria pedir desculpas pela noite anterior, no entanto...
Fechou a porta atrás dela.
Não se desculpou porque não parecia o certo a se fazer no momento. Temia irritá-la se o fizesse. Mas a Sra. Victoria não acabaria nessa situação se não fosse por mim.
A jovem encostou-se à porta e cutucou os dedos de mau humor.
Pedro veio em sua direção com algumas coisas nas mãos. Sorriu para ela. Uma voz foi ouvida de dentro da sala quando ele estava prestes a abrir a porta: “Eu ficaria preocupada com você se não estivesse grávida? Vai resolver o problema? E qual é o seu plano? Acha que sua barriga não vai crescer se continuar assim?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Acabou no capitulo 603? Ou continua? Quando?...
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...