Segredos do amor romance Capítulo 67

“Não é da sua conta”, respondeu Victoria.

O homem ficou sem palavras.

“Por que precisa perguntar sobre o que aconteceu quando estávamos lá por cerca de três minutos? Tem medo de que eu a machuque?”, provocou.

“Não foi isso o que eu quis dizer”, respondeu, claramente chateado.

“Então, o que quis dizer? Preciso te contar tudo sobre nossas conversas de garotas?”

Arthur percebeu que Victoria não tinha a intenção de agir bem. Ela havia mudado muito. Além de fingir na frente de Griselda, tratava-o como um estranho. Essa mudança repentina o deixou descontente. Antes disso, estávamos bem, pensou ele.

Enquanto isso, vendo que ele estava em silêncio, Victoria pegou suas roupas e foi para o banho. Após isso, subiu na cama e dormiu. Durante todo o processo, ignorou o rapaz, como se fosse invisível. Irritado com a situação, Arthur foi ao banheiro e lavou o rosto. Em seguida, deitou-se na cama com uma expressão carrancuda.

Embora compartilhassem a cama, um longo travesseiro separava-os, como se estivessem em camas separadas.

Como Victoria não tinha dormido bem na noite anterior, adormeceu no mesmo momento. Após descansar um pouco, dormiu profundamente. Quando acordou, Arthur já havia partido. A jovem olhou para o relógio e franziu a testa ao ver que já passavam das 8h. Havia dormido demais. Se apressou em se vestir antes de descer.

Ao descer as escadas, notou que todos já estavam sentados à mesa, comendo. Quando se aproximou, parou de repente. Viu Claudia ao lado de Griselda, cuidando dela. Percebeu que ela estava tentando agradar a idosa.

Apesar de não gostar disso, sabia que Arthur logo se divorciaria dela e que Claudia se tornaria neta de Griselda. Portanto, sentiu-se aliviada.

Enquanto se aproximava da mesa,a senhora foi a primeira a notá-la. Ela acenou com as mãos e disse: “Você acordou, Victoria. Deve estar morrendo de fome, certo? Venha tomar o café da manhã.”

Os criados rapidamente arrumaram os talheres à sua frente quando ela se sentou.

Victoria sorriu e a cumprimentou: “Bom dia, vovó. Como foi sua noite?”

“Não dormi bem. Talvez tenha sido porque estava muito animada desde que voltei para casa”, suspirou.

Victoria a olhou preocupada.

“Bem... Você deveria descansar um pouco depois do café da manhã, vovó”, sugeriu.

“Não se preocupe. Estou bem. Estou bem acordada agora, mas vou dormir quando ficar cansada”, confortou Griselda.

Nesse momento, o criado colocou o café da manhã de Victoria na mesa. A idosa notou e disse: “Vamos comer primeiro.”

“Claro”, concordou Victoria.

Não deve haver problema se eu comer isso ocasionalmente. Além disso, estou grávida agora. Não devo fazer dieta como antes. Preciso de alimentos mais nutritivos. Com essa reflexão, Victoria pegou uma colher e experimentou a sopa.

Victoria acabou de sentir enjoo matinal? Deve ser! Caso contrário, não teria ficado enjoada com o cheiro da carne. O que devo fazer? Ninguém sabe que ela está grávida, e duvido que Victoria lhes conte. A velha Sra. Cadogan já teria contado se tivesse a intenção de dizer alguma coisa. No entanto... ela também é uma mulher. Não só isso, mas também já passou por um parto. E se ela notar alguma coisa?

Claudia entrou em pânico ao pensar nisso. Largou a tigela e correu atrás deles.

...

Havia um banheiro no primeiro andar. Quando Victoria correu para lá, imediatamente vomitou na pia. Embora seu estômago estivesse embrulhado, não tinha vomitado desde que acordara. Além disso, não havia comido muito na noite anterior. A sensação de náusea não a deixava. Após algum tempo, começou a suar e seu rosto empalideceu.

Enquanto estava sofrendo, sentiu mãos acariciando suas costas para acalmá-la.

Lágrimas encheram os olhos de Victoria enquanto vomitava. Após alguns minutos, a sensação de náusea desapareceu, mas ela estava sem forças. Seus membros estavam fracos, quase a fazendo cair após dar alguns passos. Um par de braços a segurou pela cintura, carregando-a. Quando sentiu que estava sendo levantada, inconscientemente se aconchegou no abraço de Arthur.

Griselda logo chegou, olhou para a jovem com preocupação e perguntou: “Como ela está?”

O homem a abraçou com firmeza, com uma expressão séria: “Não tenho certeza. Vou levá-la ao hospital enquanto vocês continuam tomando café da manhã.”

Enquanto ele falava, Claudia correu para se juntar a eles e disse: “Vou com vocês.”