Wesley falou em favor de Claudia.
“Você não tem ideia do quanto Claudia sente sua falta. Sei que está ocupado, mas pelo menos atenda as ligações dela.”
Nicolas deu uma olhada em Wesley. Ele era uma das poucas pessoas que tinha coragem de falar assim com Arthur. Primeiro porque eram amigos de infância, e, segundo, suas famílias também eram próximas. Arthur era muito mais tolerante com ele do que com outras pessoas. Nem todos se aproveitariam disso, ao contrário, mantinham-se em silêncio sobre coisas que não deveriam falar.
Outros, como Wesley, não se calavam, não importa como. Era assim desde criança. Mesmo que Arthur o tivesse avisado muitas vezes, ele não mudou. Às vezes Arthur o deixava fazer o que quisesse, e desta vez não foi diferente. Ignorando-o, disse:
“Não precisavam vir. Se não tiverem mais nada para fazer, vão embora.” Arthur tentou fechar a porta.
“Arthur...”
Wesley o impediu e resmungou:
“Ei, viemos até aqui, cara. Não pode, pelo menos, no deixar entrar e tomar uma xícara de café? Acha que a Gandra é ali do lado? Não, viemos aqui para te ver. Pelo menos nos deixe entrar.”
As têmporas de Arthur latejavam.
“Hoje não. Talvez outra hora.” As crianças estão aqui e Victoria vai chegar a qualquer momento. As coisas vão ficar complicadas se entrarem. Então os dispensou.
Wesley não gostou.
“Qual é, somos seus amigos, não somos? Não pode nos expulsar assim. Só queremos conversar. Não precisa oferecer o café, pode ficar.”
A determinação de Arthur em afastá-los perturbou Claudia. Ela choramingou e mordeu o lábio.
“Só queremos te ver, Arthur...”
Arthur deu uma olhada em Nicolas, que coçou o nariz e interveio para acalmar a situação.
“Eu acho que ele está ocupado, então por que nós não—”
A voz jovem de uma criança interrompeu:
“Temos convidados, Sr. Night?”
Arthur congelou e todos olharam para a criança que acabava de falar. Viram uma menina com um vestido de pé na beira da escada. Sua pele era clara e seus olhos brilhavam cheios de vida. Ela segurava o avião de brinquedo na mão e olhava para a porta com curiosidade.
Nicole estava na escada, olhando para as pessoas do lado de fora. Além do Sr. Night, havia dois homens e uma mulher olhando para ela, avaliando-a. Nicole estava acostumada a ter olhos sobre ela por ser tão fofa, então não se incomodou. Na verdade, ficou parada para que eles pudessem olhar com mais atenção.
Arthur fez uma careta. Planejava manter em segredo até que Victoria e as crianças aceitassem. Quanto mais pessoas soubessem, mais variáveis isso traria para a equação, e mais complicadas as coisas se tornariam. Isso não é uma boa notícia.
“Não é da sua conta”, disse ele. “Agora vão embora antes que eu os coloque para fora.”
Wesley, ainda alheio à fúria de Arthur, tentou entrar na casa.
“Por quê? Não respondeu minha pergunta. Essa menina é filha de quem?”
Arthur lançou-lhe com um olhar frio, agarrou Wesley pelo colarinho e atirou-o para fora.
“Dá o fora.” Se pudesse, preferia não usar violência, mas aquele tolo não o ouvia. Se deixasse Wesley fazer o que quisesse, Victoria ia vê-los.
Wesley perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Ele ficou pasmo, assim como Claudia, que não esperava que Arthur ficasse tão zangado.
Ao mesmo tempo, Victoria chegava na casa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Acabou no capitulo 603? Ou continua? Quando?...
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...