Segredos do amor romance Capítulo 306

Trabalhei tanto para criar as crianças todos esses anos, e ele vai arrancá-las de mim assim?

Victoria cerrou os punhos antes de se aproximar.

Arthur, que ainda se deleitava com a alegria de ver as crianças comerem, não tinha notado que alguém se aproximava.

Até que…

“Mamãe?”

Nicole estava mordiscando um frango quando de repente viu a figura atrás de Arthur. Quando levantou a cabeça e viu Vitória, exclamou com surpresa e alegria.

Arthur, por sua vez, continuou sentado quando ouviu a menina chamá-la. O sorriso em seus lábios desapareceu na mesma hora.

Mesmo Gael, que estava comendo em silêncio, parou de mastigar e olhou de modo evasivo atrás de Arthur.

Espere um minuto… Arthur apertou os lábios.

Quando estava prestes a levantar-se, ouviu Victoria dirigir-se a ele: “Sr. Night?”

Arthur parou por um momento e estreitou os olhos.

Ele encontrou o olhar de Victoria e bateu levemente em seus molares com a língua, demorando para se levantar.

“Mãe, o que você está fazendo aqui?” Nicole largou a colher e limpou a boca com um lenço de papel antes de abraçar a perna da mulher.

Victoria estava de salto alto, então tropeçou um pouco quando Nicole a abraçou, no entanto recuperou o equilíbrio sem demora.

“Sra. Selwyn.”

Victoria tinha acabado de se endireitar quando viu Arthur estender a mão em sua direção de modo educado.

Observando aquela mão grande, ela zombou para si e calmamente apertou-a.

“Olá.”

Ela mal o tocou antes de soltá-lo, deixando Arthur sem chance de apertar sua mão.

Gael estava observando e percebeu.

Mamãe não parece gostar muito do Sr. Night, pensou ele com uma careta. Mas por quê?

Depois de cumprimentá-lo, Victoria fingiu não o reconhecer e olhou para a mesa. “Nicole e Gael, o que eu disse antes? Não podem comer comida de estranhos.”

Ouvir a palavra “estranhos” fez Arthur franzir a testa.

Além de ser o pai das crianças, também era “Silent Night” que vinha apoiando suas transmissões.

E, no entanto, ela se referiu a ele como a um desconhecido.

As crianças não disseram nada depois da bronca.

Victoria sorriu e continuou: “Sinto muito, Sr. Silent Night. Fiquei sabendo que sempre traz comida para seu sobrinho. Esses sapequinhas vêm pedir sua comida, não é? Quanto custaram as refeições que tiveram nestes poucos dias? Quer que eu te pague?”

Sua polidez e a distância entre eles eram bastante aparentes. Era bem óbvio que ela não queria nada com ele.

Em vez de responder, Arthur apenas pressionou os lábios e manteve a cara séria.

Foi Nicole, agarrada à perna de Victoria, quem falou: “Ele é o Sr. Night, mãe. Ele não vai pedir dinheiro.”

Os lábios de Victoria se contorceram com as palavras da filha. Só se passaram apenas alguns dias, mas ela já está do lado dele? O que aconteceria se passassem mais tempo juntos?

Estranhos.

Em vez de ficar nas proximidades da escola, Victoria saiu. O segurança na entrada cumprimentou-a quando ela passou.

“Já está indo embora, Sra. Selwyn? Acabou de chegar!”

Victoria, sorridente, acenou com a cabeça.

Após os cumprimentos, o funcionário de repente percebeu que alguém a estava seguindo. Ele olhou mais de perto e viu que era o homem que costumava entregar comida.

O segurança quis cumprimentá-lo. As palavras, no entanto, ficaram presas em sua garganta quando viu o olhar sombrio no rosto de Arthur.

Ele observou os dois saírem pelo portão um após o outro.

Logo depois, os dois pararam ao lado de um carro não muito longe.

O segurança então espiou furtivamente a dupla sob o sol. Parece que eles se conhecem, pensou.

Depois que Victoria parou, também pôde ouvir os passos de Arthur parando atrás dela. Ela se virou, seu olhar se encheu de desdém.

“Sr. Cadogan? Ou devo chamá-lo de Silent Night?”

Arthur pressionou os lábios, seu pomo-de-adão se mexeu quando ele respondeu: “Pode me chamar do que quiser.”

Victoria ficou sem palavras de súbito, ao ouvir aquela resposta inesperada. Ela se virou para o outro lado depois de um tempo. “Não me importo com quem você é”, zombou. “E eu não me importo com o que você faz. De agora em diante, afaste-se dos meus filhos.”

Arthur riu baixinho. “Victoria, eles também são meus filhos.”

Até então comedida, Victoria sentiu-se provocada por suas palavras. Ela virou o rosto de forma abrupta, seus belos olhos cheios de raiva. “O que quer dizer com essa de que eles são seus filhos? Que direito tem de dizer isso? Tem provas?”

Surpreso diante da explosão como se ele tivesse colocado o dedo na ferida, Arthur suspirou impotente após um breve momento. “Eu preciso de provas? Basta olhar para os traços deles para saber que são meus filhos.”

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