As crianças obedeceram.
Victoria fechou a porta. Um silêncio tomou conta do ambiente. Depois de um tempo, ela sorriu para Bruno. “Ainda não jantou? Acho que tem um lugar bom aqui perto. Quer ir?”
Bruno não pareceu afetado vendo a tentativa dela de colocar alguma distância entre os dois. “Sim. Vamos.”
Nesse instante, as crianças estavam encostadas na porta, tentando ouvir a conversa, mas o sistema de isolamento acústico impedia que qualquer som reverberasse. Muito tempo depois, Nicole se virou para o irmão. “Eles brigaram?”
A possibilidade de uma briga fez Gael franzir a testa. “Não sei, mas devemos parar de fazer suposições.”
“Se eles brigaram, devemos continuar falando com o Sr. Bruno?”
Gael respondeu: “Acho que sim. É a mamãe quem está brigando com ele, não nós.”
Nicole assentiu, embora um pouco confusa.
…
Chegando ao local, Bruno fez o pedido, perguntando se Victoria gostava da comida.
No início, ela respondeu pacientemente, mas ele repetiu a pergunta três vezes, deixando-a impaciente. “Tudo bem! Chega! Eu não como muito!”
Bruno congelou por um momento e devolveu o cardápio à garçonete. “E só isso por enquanto.”
“Certo.”
Assim que a garçonete saiu, Victoria foi direto ao assunto, mas Bruno pegou outra linda caixa e empurrou em sua direção. “As crianças ganharam presentes. Você também!”
Victoria olhou para a caixa e, assim que a abriu, viu um lindo broche. A julgar pela cor e design, era o modelo mais recente e combinava perfeitamente com o seu casaco favorito. Ele gastou muito tempo e esforço só para escolher um presente. Se eu recusar, será uma grosseria. Mas ela se lembrou do conselho de Suelen. Não. Não devo carregar nenhuma culpa. Não tenho nenhum sentimento por ele. Portanto, devo recusá-lo. Ela forçou um sorriso. “Que lindo broche!”
Bruno ajustou os óculos. “Se você gosta...”
“Sim, gosto. Quero dizer, gosto do broche, não de quem me deu.”
Bruno ficou em silêncio.
Em seguida, ela pegou a sua bolsa e saiu.
A garçonete entrou trazendo o chá, mas percebeu que ela estava indo embora. “Senhora, o seu...”
“Não, obrigada.”
A garçonete a acompanhou em silêncio e depois olhou para o homem sentado à mesa.
Apesar do silêncio, ele emanava uma aura diferente depois que a mulher se foi. Era como se estivesse se trancando em uma prisão, mantendo todos distantes. A palidez de sua pele demonstrava algo ruim.
A garçonete se assustou, pensando no que poderia acontecer se deixasse o cliente sozinho. “O... O senhor está bem?”
“Não me aborreça!”, ele disse, empurrando a bandeja da garçonete para longe.
O chá escaldante espirrou na funcionária, fazendo-a recuar e gritar de dor.
Os outros fregueses voltaram as suas atenções para a cena, e os gritos fizeram Bruno voltar a si e correr em auxílio da garçonete. “Desculpe, eu... Não estava raciocinando direito. Você está bem? Vou levá-la ao hospital.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Acabou no capitulo 603? Ou continua? Quando?...
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...