Ela observou Miranda Almeida com um olhar inquisitivo: "Ouvi sua irmã dizer que você agora é rica, casou-se com um homem abastado?"
O coração de Miranda Almeida apertou-se num reflexo condicionado.
Cada nervo do seu corpo parecia esticado, causando-lhe uma dor aguda. Por um momento, sentiu como se seu sangue coagulasse e a vitalidade fosse congelada.
"Como você veio até aqui?" A voz dela tremia, quase imperceptível.
"Quanto tempo faz que você não vem me ver?" Sra. Almeida começou a reclamar: "Mirandinha, eu estou com uma doença terminal, não vou durar muito. Antes de morrer, eu queria te ver. Eu liguei várias vezes, você não atendeu. Eu mandei mensagens, você não respondeu. Será que depois de enriquecer, você decidiu que não queria mais reconhecer sua mãe inútil..." Ela começou a chorar enquanto falava.
Miranda Almeida olhou friamente para a mulher que lhe trouxe infortúnio: Como ela tem a coragem de vê-la? Quando era mais nova, ela transferiu para Miranda toda a infelicidade que recebeu do seu marido. Ela a abusava fisicamente, insultava e a tratava como um saco de pancadas. Impediu-a de ir à escola e ainda a obrigava a mendigar nas ruas, confiscando tudo que Miranda conseguia.
Só de pensar em sua mãe, Miranda tinha pesadelos.
Não era que ela não quisesse reconhecer uma mãe inútil. Ela não queria reconhecer você, uma mãe tão cruel quanto um "traficante de pessoas"?
"Eu não sou médica, você veio até mim, eu não posso te ajudar." A voz de Miranda Almeida era desprovida de calor.
"Mirandinha, eu realmente estou morrendo." Ela disse emocionada e de repente segurou a mão de Miranda Almeida: “Mãe tem algumas coisas pessoais que queria conversar em particular com você."
O olhar gelado de Miranda Almeida suavizou um pouco, pensando que, afinal, sangue do seu sangue, talvez fosse hora de perdoá-la, já que "a voz do moribundo é sempre bondosa".
Sra. Almeida usou muitas desculpas e apelou para emoções, o que irritou profundamente Miranda. Ela começou a ficar impaciente: "Se a mãe não tem nada importante a dizer, por favor, vá embora."
Ela se levantou, fazendo menção de sair.
Sra. Almeida, em desespero, a impediu: "Mirandinha, sua irmã veio me procurar. Você sabe, quando eu e seu pai nos divorciamos, eu não pude manter ela comigo, e isso é o meu maior arrependimento. Mirandinha, eu não cumpri meu papel de mãe todos esses anos, eu sinto muito."
Miranda sentiu um frio percorrer seu corpo. Quando seus pais se divorciaram, todos lutaram pelo direito de cuidar da sua irmã, mas a trataram como indesejável. A sensação de rejeição por parte dos próprios pais marcou-a profundamente.
Assim, quando ela conheceu Leonardo Gomes e ele mostrou um pingo de gentileza, ela o viu como seu salvador, sempre pronta a atender seus desejos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...