Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia romance Capítulo 653

Mariana Guedes parecia ter tido uma revelação: "Roberta, você plantou o pomar para o mestre, não é mesmo?"

Roberta sorriu com felicidade estampada no rosto: "Foi a única coisa que consegui fazer por ele. Quando éramos crianças, passávamos fome juntos. Eu prometi a ele que, quando crescesse, compraria um pedaço de terra e plantaria tudo o que ele quisesse comer, para que nunca mais passássemos fome."

Mariana Guedes imaginou: "O mestre deve ter reconhecido seu gesto, por isso, desde que você chegou, ele nunca comeu fora."

Roberta, perdida em pensamentos, mexeu os dedos: "A pessoa que o criou, capaz de dar a ele um pouco de calor humano, é realmente admirável."

"Eu realmente deveria agradecê-lo."

Mariana Guedes sorriu: "Roberta, se algum dia você o encontrar, agradeça-o devidamente."

"Sim."

A primeira coisa que Roberta fez ao sair foi visitar seu pai biológico no Hospital Público.

Era a primeira vez que Roberta saía desde o acidente de Roberto Gonçalves, e seus sentimentos eram complexos.

Antes, onde quer que fosse, Roberto Gonçalves estava ao seu lado. Mesmo quando estava ocupado, ele sempre a chamava várias vezes.

Mas agora, ela teria que percorrer o caminho sozinha.

Roberta estava sentada no banco de trás do carro, enquanto Mariana Guedes dirigia pelas ruas naquela manhã de inverno.

Roberta olhava melancolicamente pela janela, observando as altas árvores de folhas caducas passarem.

De repente, uma viatura transportando prisioneiros apareceu na direção oposta, e ambos os carros foram forçados a parar devido ao trânsito.

A janela do carro de Roberta estava meio aberta, mas sua visão estava completamente bloqueada pela viatura.

Ela olhou fixamente para a janela oposta, sem conseguir ver através do vidro, e suspirou desapontada.

Mal sabia ela que sua expressão triste estava sendo observada atentamente por um homem de óculos escuros dentro da viatura.

Ao ver Roberta, ele ficou surpreso, chocado e, ao mesmo tempo, encantado.

Temendo que o tempo passasse rápido demais, ele fixou seu olhar nela o tempo todo.

Prisão perpétua.

As pessoas falavam dele com muita pena.

"Dizem que é muito bonito."

"Não tem nem vinte anos."

"Que desperdício."

"Sem amor dos pais e com deficiência, talvez ele não tivesse muito pelo que viver, não é?"

"Entrou, e sair será difícil."

Roberta sempre manteve distância de fofocas.

Afinal, é difícil distinguir o que é verdade ou não, e ela não queria se preocupar à toa.

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