Roberta estava fascinada pela alta tecnologia do carro inteligente: "Como pode existir uma invenção tão incrível? Parece que estive desatualizada por muito tempo, sem acompanhar o campo da inteligência artificial."
O assistente apenas sorriu sem dizer nada. Havia muitos aspectos da inteligência artificial avançada que ela ainda desconhecia.
O céu escurecia cada vez mais, mas a chuva não diminuía, pelo contrário, aumentava. A água acumulada nas ruas já passava da cintura dos transeuntes. Muitos edifícios térreos estavam inundados e as pessoas se apressavam para se transferir para locais mais altos.
Roberta observava pela janela as pessoas presas lá fora, e diante das calamidades, elas pareciam frágeis e desamparadas. A preocupação se estampou em seu rosto. "O que eles vão fazer?"
O assistente soltou um riso cínico: "Neste mundo, há muitas injustiças. Se formos nos preocupar com todas, não daríamos conta. O importante é cuidar de si mesmo."
Roberta ficou surpresa e pensou no homem frio e distante em sua cadeira de rodas, perguntando: "Seu patrão também é tão indiferente e insensível assim?"
O assistente ficou em silêncio por um instante antes de responder: "Meu patrão não interage com as pessoas. Se ele é indiferente ou caloroso com o mundo, eu não sei."
Ao ouvir isso, Roberta se sentiu inexplicavelmente mais tranquila. No fundo, ela esperava que ele fosse um homem caloroso e gentil.
O assistente, indiferente aos transeuntes presos, dirigiu rapidamente até o clube Girassol. O clube fora construído em um terreno elevado, e enquanto os prédios ao redor estavam inundados, o clube permanecia intocado.
Após dirigir por uma longa rampa, o assistente estacionou no subsolo, e Roberta seguiu pelo elevador até o quarto reservado pelo homem.
O assistente a advertia incessantemente: "Meu patrão é solitário e não gosta que toquem nele. Se você tocar nele com alguma mão, essa mão será inutilizada."
"E ele gosta de silêncio, não aprecia mulheres que falam demais, então fale o mínimo possível para não desagradá-lo."
"Ah, e sobre o presente que você trouxe para ele, não sei quanto custou, mas ele é muito exigente, especialmente com roupas pessoais, que devem ter tecido macio e confortável, com um estilo discreto e simples. O mais importante é que ele detesta roupas com mais de uma cor. E não suporta padrões ou texturas exageradas."
O rosto de Roberta ficava cada vez mais pálido.
A roupa que ela fez não era de uma única cor; ela bordou uma rosa na manga com linha vermelha escura. Se ele não gostasse de cores mistas ou padrões, seu presente seria um desastre.
"Sente-se," disse o homem, levantando o queixo e apontando para o assento à sua frente.
Roberta sentou-se.
Lembrando-se das advertências do assistente, ela apenas observou o homem, tentando suprimir a vontade de falar.
O homem olhou para ela por um momento e franziu a testa: "Por que não fala?"
Roberta murmurou: "Disseram que você gosta de silêncio. Não gosta de mulheres barulhentas."
O rosto do homem permaneceu frio, e ele virou levemente a cabeça em direção à porta.
O assistente, sentindo a pressão do olhar penetrante do homem, saiu rapidamente, assustado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...