O rosto do homem era tão sombrio quanto uma montanha nevada congelada, e ele murmurou, mordendo os lábios: "Volte e diga ao seu avô que ele deve escolher entre dinheiro, poder e fama. Se tentar ter tudo, acabará perdendo tudo."
Renata Lopes não se conformava: "Você é genro da família Lopes, também faz parte dela. Deveria estar ao nosso lado, se a família Lopes sofrer danos, você também não sairá ileso. Por que, então, está tão indiferente às questões da nossa família?"
A mão do homem de repente se apertou, e as articulações longas e proporcionais estalaram.
O coração de Renata Lopes subiu à garganta. Ela sabia que aquele homem era taciturno e de temperamento imprevisível. Não sabia quais seriam as consequências de irritá-lo, mas tinha a esperança de que, devido à proximidade deles, não haveria grandes problemas em desafiá-lo pelo bem da família Lopes.
Mas ela superestimou sua importância para ele.
Os dedos do homem, pouco a pouco, perderam a cor. Era evidente que sua raiva havia atingido um ponto crítico.
"Renata Lopes, você sabe por que me casei com você?" o homem perguntou, em tom sombrio. Seu rosto elegante estava escondido na escuridão, difícil de decifrar.
Renata Lopes engoliu em seco. Sempre achou que era por sua beleza, inteligência e educação destacadas. Mas, ao ouvir as palavras dele, percebeu que havia algo mais.
"Por quê?" ela perguntou, tremendo.
"Descubra por si mesma," ele respondeu friamente, "Apenas saiba que comigo, não se exalte."
"Neste mundo, aqueles que tentam me chantagear moralmente acabam desejando nunca ter nascido."
Após dizer isso, ele girou sua cadeira de rodas e foi embora.
Renata Lopes sentiu-se como se o ar tivesse sido sugado de seus pulmões, e saiu correndo, cambaleando.
Mas o porão era como um labirinto, e depois de correr por um tempo, ela sempre acabava voltando ao mesmo ponto.
Ela começou a entrar em pânico, gritando por ajuda: "Sr. Serra, você está aí? Pode me tirar daqui?"
Foi naquele momento que Renata Lopes despertou para a realidade. Ela pensou que, como futura nora da família Serra, tinha algum poder, e ordenou arrogantemente ao segurança Roberta que a deixasse passar. Mal sabia ela que, para o homem, ela não era nada.
Sua beleza, educação e antecedentes familiares não significavam nada para ele.
Ele não a amava.
Nem mesmo gostava dela?
Mas então, por que ele propôs casamento?
Ela sabia que naquele inferno, não tinha em quem confiar. Só poderia contar consigo mesma para sair de lá.
Com esforço, ela se levantou, a atitude agora humildemente submissa: "Por favor, segurança, me tire daqui. Serei eternamente grata."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...