Luciana Almeida e Leonardo Gomes voltaram para casa, deixando o Sr. Almeida e a Sra. Almeida extremamente felizes. A Sra. Almeida até mesmo arrumou o Sr. Almeida, que estava paralisado na cama, para que ele parecesse cheio de vida, sentando-o em uma cadeira de rodas e empurrando-o até o saguão principal.
Ao ver Luciana Almeida, o rosto esquelético do Sr. Almeida se iluminou com um sorriso estranho. Agora, com os músculos atrofiados, seu sorriso parecia particularmente sinistro. Luciana, ao ver o Sr. Almeida, não demonstrou a surpresa esperada, mas sim um semblante de respeito.
Ela até deu um passo para trás.
Roberta traduziu os pensamentos dela: "Oh, pai, como você se tornou tão feio? Até a irmã se assustou ao ver você."
Ao ouvir a voz de Roberta, o Sr. Almeida olhou para ela, aterrorizado: "Como você veio parar aqui?"
Roberta estava sentada bem no meio do sofá, um lugar que antes era exclusivo do Sr. Almeida. Ele gostava de sentar-se ali e, com uma postura de patriarca, repreender Roberta. Imitando o Sr. Almeida, Roberta cruzou as pernas e olhou de soslaio para ele: "Pai, o médico disse que sua condição é grave, hipertensão, diabetes, e doença cardíaca podem levar você a falecer a qualquer momento. Eu estava preocupada em não poder prestar os últimos respeitos, então decidi voltar para ficar com você."
O rosto do Sr. Almeida estava coberto de terror.
Ele se lembrou de quando estava na prisão e foi intimidado pelo chefe da cela. O chefe tinha dito explicitamente que foi Roberta quem o pediu para "cuidar" dele.
E ele cuidou até que o Sr. Almeida ficasse completamente paralisado.
Roberta era um demônio.
"Eu não quero que você fique para o meu fim, vá embora agora!" gritou o Sr. Almeida, furioso.
Com calma, Roberta respondeu: "Eu não vou embora. Esta casa me deve muito; se não me pagar o que deve, não posso ir."
Luciana Almeida estava pálida.
O Sr. Almeida gritou, desesperado: "O que essa casa te deve?"
"Muito."
O Sr. Almeida percebeu algo e seu rosto ficou vermelho de raiva.
Ao final, coube ao Sr. Almeida tomar uma decisão: "Mãe das crianças, vá cozinhar."
A Sra. Almeida hesitou, um olhar de resignação e relutância em seus olhos.
Mas sem ninguém para apoiá-la, ela foi sozinha para a cozinha.
Roberta a viu e sorriu com escárnio: "Antigamente, eu te tratava como uma imperatriz, não deixava suas mãos tocarem sequer uma gota de óleo. Quem diria que, longe de mim, você se tornaria menos que uma serva. Agora, parcialmente paralisada, você nem consegue desfrutar da comida que sua preciosa filha prepara para você."
Embora Sra. Almeida tentasse manter a compostura, a diferença entre as expectativas e a realidade a afetava profundamente.
"Lucy está com a saúde debilitada..." ela tentou se defender.
Mas Roberta, que havia se infiltrado nessa família com intenções claramente investigativas, jamais permitiria que uma defesa tão frágil dissipasse sua zombaria.
Ela prosseguiu, misturando veneno e sarcasmo em suas palavras: "Ela está doente? Ela e eu dependemos de um rim saudável para viver. No entanto, eu trabalho duro e empreendo, enquanto ela passa os dias sem fazer nada, ostentando ouro e prata, exibindo por aí o esplendor de ser Sra. Gomes. Ela tem energia para se gabar, mas não tem forças para preparar uma refeição para os pais que a trouxeram ao mundo e a criaram?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...