Até que o efeito do remédio passou, a imensa sensação de coceira desapareceu, mas deixou uma dor infinita para trás.
"Você deveria ter me matado." Sra. Almeida estava desolada.
Roberto Gonçalves, com as mãos na cintura, olhava para baixo com desdém para a Sra. Almeida: "Você não aguenta essa dor? Você, que tem pele grossa, deveria aguentar."
Sra. Almeida ficou completamente intimidada pela presença majestosa de Roberto Gonçalves, como se ele fosse um rei absoluto.
"Lembra quando Roberta, ainda tão pequena, tinha que mendigar por aí para sustentar você, sua mãe inútil? Você sabe quantos olhares de desprezo ela recebeu, quantas vezes ela foi agredida?"
Roberto Gonçalves de repente se inclinou, seu hálito quente sussurrando no ouvido da Sra. Almeida como se a lâmina de um demônio pairasse sobre sua garganta. Sem ferir, mas causando um medo imenso.
"Você ainda se lembra daquele dia em que Roberta, tentando escapar de um valentão, correu descalça até ter um prego cravado no pé. E quando ela chegou em casa, como você a tratou?"
As memórias distantes da Sra. Almeida foram trazidas de volta por Roberto Gonçalves, como se fossem de ontem.
Quando Roberta chegou em casa, ela realmente viu o rastro de sangue que deixara para trás. Seus pés jovens ainda sangravam, mas não recebeu uma palavra de consolo. A atenção da Sra. Almeida estava apenas nas mãos vazias de sua filha, repreendendo-a furiosamente por não ter trazido nada.
Sra. Almeida balançou a cabeça freneticamente, tentando embelezar seus próprios erros: "Eu não me lembro. Eu não me lembro de nada."
Roberto Gonçalves se endireitou, sua voz carregada de um tom sombrio e arrependido: "Você sabe o quanto ela se sentia triste naquela época?"
Sra. Almeida permaneceu indiferente: "Ela é minha filha, não é dever dela me ajudar? Crianças de famílias pobres não crescem todas trabalhando desde cedo. Quanto ao que ela enfrentou enquanto mendigava, eu não causei isso. Ela deveria refletir por que ela, e não outra pessoa, encontrou aqueles bandidos."
O belo rosto de Roberto Gonçalves de repente se contorceu de raiva, ele apertou o pescoço da Sra. Almeida: "Até os tigres não comem seus filhotes. Você é pior que um animal."
"Mariana Guedes."
Roberto Gonçalves entrou e viu que ela já tinha preparado seu chá de Longjing favorito na mesa de chá, fazendo-o sorrir com satisfação: "Você está me tratando com um chá tão bom? Isso é um exagero." Ele agiu como se fosse um desperdício.
Roberta não pôde deixar de rir: "Para tratar meu Rob, nenhum chá é bom demais."
Roberto Gonçalves sorriu, plenamente satisfeito: "Já que você me ama tanto, Rô, com certeza vai fazer o que estou pedindo, certo?"
Roberta brincou: "Então era isso que você estava esperando? Eu sabia que havia um motivo para o nosso distinto jovem senhor se dar ao trabalho de me defender."
Roberto Gonçalves soltou uma gargalhada: "Rô, então você aceita ou não?"
Roberta recompôs-se, assumindo uma expressão séria: "Vamos lá, do que se trata?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...