A parede do lado de fora do prédio é de vidro transparente, permitindo que os clientes dentro do restaurante vejam claramente a rua e os pedestres lá embaixo, captando a atmosfera urbana.
E na parede desse compartimento estava pendurada uma foto de Evandro, diferente dos pequenos quadros de 8 polegadas que se via no corredor, Evandro nesse espaço dominava uma parede inteira.
A foto ainda era em preto e branco, cheia de um senso de sofisticação. Nela, Evandro aparecia inclinando-se para beijar uma rosa, mas seus olhos lançavam um olhar de relance para a câmera.
Isso dava a impressão de que ele estava observando você.
A expressão de Evandro na foto era carregada de narrativa, como se a rosa fosse sua amante e ele estivesse advertindo silenciosamente qualquer intruso que a ameaçasse.
Mesmo Lurdes, ao fixar o olhar nos olhos dele por alguns segundos, encontrava dificuldade em resistir. Esse era Evandro, um ator de talento genial.
"O Sr. Evan Ray é um cliente frequente em nosso restaurante", disse o Sr. Oliveira a Lurdes. "Em minha memória, Evan Ray só trouxe uma acompanhante feminina aqui uma vez. Depois disso, ele sempre veio sozinho e sempre sentou neste lugar."
O Sr. Oliveira apontou para uma cadeira à esquerda e, então, virou-se para Lurdes, "Falando nisso, é uma coincidência, a acompanhante que Evan Ray trouxe se parece muito com você."
"Kkk, sério?" Lurdes soltou uma risada forçada, tentando parecer o menos estranha possível.
O Sr. Oliveira ainda perguntou: "Você gostaria de se sentar?"
Lurdes tinha a intenção de recusar, mas por algum motivo, as palavras ficaram presas em sua garganta e, antes que se desse conta, já estava sentada na cadeira oposta.
Ouvindo o que o Sr. Oliveira disse, as imagens começaram a se formar na mente de Lurdes, como se já pudesse ver Evandro sentado à sua frente, olhando para fora da janela, em silêncio fumando.
Lurdes apoiou o queixo nos braços cruzados sobre a mesa, murmurando preguiçosamente, "Evandro, sinto saudades de você..."
A cadeira do outro lado estava claramente vazia, mas por um instante, Lurdes quase podia ver Evandro realmente sentado lá, usando um terno preto. Ele estendia a mão para o topo de sua cabeça, respondendo ao seu anseio com uma voz baixa e magnética, "Lurdinha, eu estive esperando por você todo esse tempo."
"Fique tranquila, eu logo irei te encontrar", Lurdes disse instintivamente. Assim que as palavras saíram, ela ficou paralisada. O que estava fazendo falando sozinha assim?
Será que tinha enlouquecido?
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