"Lurdes Sousa." Lurdes se apresentou.
Ismael, notando seu português claro e preciso, sorriu e disse: "A Srta. Sousa vem da área urbana?"
Na verdade, Ismael já tinha ouvido falar dela através de Fidélia, que a descreveu como uma pessoa de idade avançada, rude, cheia de palavrões e sem um pingo de educação, uma verdadeira caipira. Mas ao encontrá-la pessoalmente, percebeu que não era bem assim.
Essa mulher tinha uma presença muito especial.
Ismael, que já havia conhecido pessoas de todos os tipos, geralmente conseguia discernir a classe social de alguém em um instante, se era nobre e rico ou pobre e humilde, mas a Srta. Sousa era um enigma para ele.
Entretanto, nessa senhorita Sousa, ele viu uma confiança do seu fundo.
Era a confiança de que onde ela vinha era forte e soberano, uma certeza orgulhosa que lhe dava coragem, uma confiança de quem não se rebaixa nem se sobrepõe.
Lurdes respondeu: "Sim".
Ismael estava ali para passar uma mensagem de Paulo, ele disse a Evandro que seu padrinho queria vê-lo, e o convidava para ir ao bingo aquela noite.
Quanto ao motivo de seu padrinho querer vê-lo, e o que ele queria discutir, só saberiam naquela noite.
"Sr. Santiago, já lhe passei a mensagem, então não vou incomodar mais." Ismael disse, levantando-se para ir embora.
Gilson perguntou rapidamente: "E se não formos?"
"Coincidentemente, já nos encontramos duas vezes, ele parece gostar muito de mim e, na verdade, tem planos de me trazer para a família Lima" Evandro, pensativo, colocou o copo de lado e disse a Lurdes: "Embora Paulo seja famoso por mimar sua filha, ele não é tão irracional a ponto de ser injusto."
"Então, por que ele a convidou para o bingo, o que ele realmente quer?" Lurdes não sabia muito sobre Paulo, então era natural que ela não conseguisse adivinhar.
Evandro olhou para ela e disse: "Se não me engano, a pessoa que ele quer ver é você".
"Eu?" Lurdes ficou surpresa, por que ele queria vê-la?
Evandro podia adivinhar o motivo pelo qual Paulo queria vê-lo, e também sabia por que Ismael estava tão certo de que ele iria.
Porque, de fato, ele não tinha escolha a não ser ir.
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