"Amor, pela última vez."
Quando a última vez terminou, já havia se passado uma hora e meia. Adriano segurava a menina coberta de marcas rosadas de carinho, colocando-a na cama box com lençóis limpos. Seus dedos deslizavam pelos vários pontos vermelhos evidentes no pescoço da menina, enquanto Adriano abria o criado-mudo para pegar a pomada que havia pedido emprestada a Mário na última vez com um certo constrangimento. Ele tinha sido cuidadoso, mas mesmo assim marcas apareceram no pescoço, a culpa era da pele delicada da menina.
Observando a menina adormecida, Adriano trocou de roupa e foi até o escritório. Amanhã era o aniversário dela, e ele ainda tinha alguns preparativos pendentes. No dia 31 de dezembro, todos se reuniam na Mansão do Conforto da família Salvador para celebrar a virada do ano, e este ano não seria diferente.
Siena havia voltado para a família Duarte nos últimos dias, e agora estava diante do cabide, franzindo a testa para uma fileira de vestidos ainda com etiquetas. A noite era de um jantar em família, podendo vestir-se de forma casual, mas o dia seguinte não permitiria tanta liberdade. Eram dois eventos importantes: um aniversário e um noivado entre suas melhores amigas. Felizmente, ela não precisava comparecer a ambos os eventos, caso contrário, estaria ainda mais sobrecarregada.
Enquanto estava prestes a se desesperar, o celular que havia jogado na cama tocou. Ao ver o nome na tela, um sorriso encantador surgiu nos lábios de Siena. O Sr. Ferreira, que havia desaparecido por dias, finalmente deu sinal de vida.
"Sr. Ferreira, finalmente se lembrou que tem uma namorada como eu."
Ouvindo o tom jocoso de Siena, Daniel do outro lado da linha não pôde evitar rir.
"Sim, sim, a culpa é minha. Minha namorada poderia me dar uma chance de me redimir?"
"Hum? Você voltou?"
Os olhos de Siena brilharam; ela compreendia a natureza especial de seu trabalho que o obrigava a partir sem aviso.
"Desça, namorada."
De fato, ao chegar à varanda do quarto, lá estava ele, em uniforme militar, encostado casualmente ao lado de um veículo militar verde escuro. Vendo a pequena cabeça que apareceu no andar de cima, ele acenou com um sorriso.
Ao correr escada abaixo, Siena se deparou com o imponente homem parado, sério, acenando para Gustavo.
"Pai, como você voltou?"
Gustavo virou-se, afagando os cabelos da filha com um sorriso: "O que foi? Está incomodada que seu pai esteja atrapalhando seu encontro?"
"Sr. Duarte." - Daniel entrou e se postou ereto, nervoso como nunca, pois enfrentar o pai de Siena era mais temível que qualquer terrorista.
"Daniel, sente-se."
Siena trocou de roupa várias vezes no quarto, indecisa sobre para onde estavam indo e, consequentemente, sobre o que vestir. Quando estava prestes a perder a paciência, alguém bateu na porta. Ela rapidamente jogou as roupas que tinha em mãos na cama.
"Venha rápido, me ajude a escolher o que vestir."
Vendo a cama coberta por diversos tipos de vestidos, Daniel sorriu com indulgência.
"Nossa linda menina da UFRJ gastou meia hora e ainda não escolheu?"
Siena lançou-lhe um olhar reprovador: "A culpa é sua por não me dizer para onde vamos. Imagine se eu colocar um vestido e você me levar para escalar uma montanha?"
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