"Joana, já está tarde, vou te levar para casa" - disse Ernesto, agachando-se e falando com a pessoa sentada no chão.
Joana não disse nada, apenas se levantou, pegou sua bolsa e a colocou sobre o ombro.
"Siena, estou indo para casa" - Joana estava um pouco nervosa, sua mente ainda estava vazia.
Siena a acompanhou até a porta: "Não tenha medo, Joana. Qualquer coisa me ligue."
Joana assentiu, e Siena estava um pouco preocupada com ela.
"Você vai para a mansão?"
Ela balançou a cabeça; não queria ir para lá esta noite.
Seus pais eram perspicazes e, ao vê-la triste, certamente perguntariam até descobrir o que aconteceu, talvez até já soubessem do incidente no pomar.
"Vou ficar no Edifício Número 9, não se preocupe. Mas e você, parece que Daniel não está feliz."
Ver sua melhor amiga tão nervosa a ponto de ter medo e ainda assim preocupada com ela, não era algo esperado de seu irmão.
Siena ficou tão emocionada que quase chorou.
Antes mesmo de poder ficar feliz, duas grandes figuras se aproximaram.
"Vamos embora" - Ernesto abriu a porta e saiu primeiro.
Joana se despediu de Siena antes de segui-lo para o elevador.
Depois que o elevador desceu, Siena fechou a porta e, virando-se, foi imediatamente pressionada contra a porta por Daniel.
"Todos os talentos da sua empresa passaram pela sua supervisão pessoal?"
Ouvindo o tom descompromissado de Daniel, seu coração deu um pulo.
Ele, ele, ele...
"Foi só um comentário casual, não é verdade." - Mal começou a falar, e quase mordeu sua própria língua.
Céus, o olhar desse homem parecia que ele a devoraria ali mesmo.
Será que ela ainda conseguiria correr para casa e buscar proteção com seu pai a tempo?
"É mesmo? E qual dele naquele vídeo dos três da sua empresa tem o melhor físico?"
"Claro que é o que está de camisa branca, você nem imagina, os abdominais... simplesmente incríveis."
Quando uma pessoa se empolgava, seu cérebro podia falhar, e então...
Ela só percebeu o que havia dito depois que as palavras já tinham escapado.
Ela, com o rosto corado, respondeu baixinho: "Satisfeita."
"Então, meu corpo é melhor, ou o deles?"
A voz rouca de Daniel, repleta de desejo, varreu a orelha avermelhada de Siena.
"Claro que é o seu." - Siena já nem sabia mais o que estava dizendo, parecia ter sido seduzida por ele.
De repente, a expressão do homem mudou, e um beijo punitivo foi lançado.
Daniel beijava com intensidade, e Siena mal conseguia resistir, tentando empurrá-lo.
O homem pensou que ela estava resistindo e beijou com ainda mais força, até mordendo seus lábios várias vezes.
Só quando sentiu que a pessoa em seus braços estava tendo dificuldade para respirar, ele soltou seus lábios.
Mas ele continuou na mesma posição inicial, sem se mover.
"Então, você não só olhou como também tocou neles."
Ouvindo as palavras ditas com um tom de mágoa por parte do homem, Siena ficou atônita.
"Eu não, eu não toquei." - O que ela fez para ele se sentir tão injustiçado?
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