Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 74

O Seu Mendes também estava vendo aquele carro pela primeira vez e não conseguia conter o orgulho.

"Patrícia, você viu aquele carro? Dizem que custa uma fortuna, cara! Quem veio hoje é um chefão, os outros chefões já tão enchendo a cara com ele faz um tempão. Ele que falou que a parede branca tava meio sem graça, aí eu lembrei de você. Esses chefões são um bocado exigentes, e quem tem carro assim, costuma mal-humorado, né? Mas ó, sem pressão."

Patrícia Ribeiro percebeu a inveja na voz dele e deu um sorriso: "Então vou entrar, Seu Mendes. Pode ir pra casa."

O Hotel Corenciano era o melhor lugar pra ficar em Aldeia Galina, feito no padrão de cinco estrelas e nunca aberto ao público geral, só recebia líderes e empresários que vinham investir em Aldeia Galina.

Era também a primeira vez da Patrícia lá dentro.

O jardim era um primor, com pagodes e pavilhões a cada três passos e fontes e rochas ornamentais a cada cinco. Era notável que até a madeira usada era da melhor qualidade.

Quando souberam que ela tinha sido convidada pra pintar, logo a levaram pro quarto onde ficaria.

"As tintas já estão preparadas. Quer dar uma olhada no local agora?"

Dava pra ver a urgência na pessoa da recepção. Patrícia Ribeiro ajeitou suas coisas e assentiu: "Então, por favor, me leve lá."

Só chegando lá é que compreendeu: a parede branca estava bem no lugar mais visível, onde todo mundo passava.

Era um espaço de mais de três metros, emoldurado por uma paisagem elegante. Para quem tinha olho para detalhes, aquele vazio realmente destoava.

Patrícia Ribeiro examinou as tintas que tinham sido preparadas pra ela e, embora não fossem as que estava acostumada a usar, eram aceitáveis.

"Já vou começar."

A pessoa ao lado queria pedir pra ela ter cuidado, mas sabendo que ela estudou na Faculdade de Arte da UCapital, engoliu as palavras.

Patrícia sentou-se numa cadeira ao lado, observando atentamente e já esboçando a ideia em sua mente.

O ideal seria um estilo de pintura com tinta respingada, com cores que fossem do claro ao escuro, e com poucos elementos para não poluir a visão.

Com a ideia formada, ela se inclinou para ajustar as tintas e se preparou para começar.

*

Ela estava pintando um velho pescador, com poucos elementos - o rio, as montanhas e a solidão do pescador se complementavam sem roubar a beleza da paisagem nem ficar demasiadamente insosso.

Notando que a paleta de tintas estava começando a sujar, decidiu ir até a torneira mais próxima para lavar os pincéis e trocar a água.

Era dez da noite e quase não havia mais ninguém por perto. Ela apressou o passo com suas coisas, mas ao abaixar a cabeça para ajustar os materiais de pintura, acabou esbarrando no peito de alguém que exalava um leve perfume de álcool.

A tinta preta que ainda não tinha usado derramou-se toda sobre a camisa branca e também em Patrícia Ribeiro.

Rafael Souza olhou para baixo, notando a camisa manchada que agora estava imprestável, franziu o cenho e seus olhos escuros esboçaram um frio desagrado.

Quando percebeu que a pessoa que o havia atingido lhe era de alguma forma familiar, esperou que Patrícia Ribeiro levantasse os olhos, e então, seus olhares se encontraram.

Ao vê-lo, ela pareceu ainda mais surpresa, suas pálpebras tremeram bruscamente, quase deixando cair o que segurava.

"Presidente Souza, o que o senhor está fazendo aqui?"

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder