Vinicius ficou em silêncio.
Todos os que sabiam da história também se calaram.
Como dizer, essa frase saindo da boca do André… tinha o seu quê de humor.
A "pequena namorada" anunciada por Francisco, é sua esposa, ora essa!
À parte, Francisco não refutou. Chegou ao fogão e abriu a caçarola com uma panela em cima.
Um aroma delicioso espalhou-se, sob a luz quente, o caldo de frutos do mar exibia uma cor rica, convidativa ao apetite.
Francisco pegou uma colher e pegou sozinho uma tigela. A comida era cremosa e cheirosa.
Quem diria que Vinicius, com o seu jeito de se fazer de desentendido, poderia desfrutar de uma refeição tão boa!
Em um instante, a tigela estava vazia.
Aqueles que conheciam Francisco sabiam que ele não dava muita importância ao prazer da comida. Vendo-o agir fora do comum, André também ficou curioso e perguntou: "É assim tão bom?"
Ele também serviu-se de uma tigela.
Mal a colocou na boca, o sabor fresco dos frutos do mar e o aroma do arroz explodiram em sua língua, um tempero desconhecido tornava tudo ainda mais saboroso e rico, superando qualquer restaurante.
Tomar uma tigela desse caldo quente em um ambiente com ar-condicionado era extremamente confortável.
À medida que a panela se esvaziava, Vinicius começou a se desesperar.
Ele também queria se servir.
Mas foi então que Vanessa o deteve:
"Vinicius, você está doente, como pode comer frutos do mar? Francisco, André, poderiam me ajudar a comprar alguns legumes? Planejo fazer alguns pratos leves e nutritivos para o Vinicius."
Quando Francisco e André souberam que Vinicius não queria comer, imediatamente começaram a comer o sopa que sobrou.
Eles nem mesmo responderam a Vanessa, apenas acenaram vagamente com a cabeça.
Vinicius sentiu-se extremamente frustrado.
Afinal, era um prato que Victoria tinha preparado para ele, e ele não tinha provado sequer um pouco!
Do outro lado da tela.
Gabriel estava sentado num restaurante ocidental, observando Francisco e André, com colheres douradas na boca, competindo por uma tigela de caldo. Seus dedos batucavam inconscientemente no cabo do garfo antes de ele colocar os talheres de lado e dizer ao empregado: "Tem caldo de frutos do mar?"
Ela tinha uma personalidade agradável, conseguia dar-se bem com os homens, muitas vezes referindo-se a eles como irmãos, o que tornava a convivência com ela fácil e sem constrangimentos.
Vinicius estava focado no telefone.
"Irmã Vanessa, tenho algo importante, por favor, devolva o telefone."
Vanessa sorriu e perguntou: "Querendo mandar mensagem para a sua namoradinha? Aquelas orelhas de coelho, foram ela que te deu? Você está doente e ela nem se preocupa, pelo contrário ainda… deixa pra lá, Vinicius, você é jovem, deveria focar nos estudos, não em se envolver com pessoas de má índole."
Vinicius respondeu instintivamente: "Ela não é uma pessoa de má índole."
Vanessa fez uma pausa, como se não esperasse que Vinicius, que sempre ouviu suas palavras, a contradissesse.
Logo em seguida, ela se sentou na cama, brincando: "Parece que nosso Vinicius realmente cresceu, que tal um dia desses chamar aquela garota para jantar conosco, trazendo o André e o Francisco, também para te dar uma segunda opinião?"
Vinicius repassou a cena na sua mente.
Não era de negar, era bastante excitante.
Se ele realmente acabasse ficando com a Victoria, teria que chamar André de... ex-cunhado?
Enquanto conversavam, Vanessa sentiu o cheiro de algo e perguntou: "Vinicius, você está a cheirar algum odor?" Ela instintivamente puxou a gola da camisa: "Seu quarto está tão quente."
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