Ele sorriu, dirigindo-se a todos: "Obrigado pelo esforço de todos. Vou convidar todos para jantar hoje à noite."
Todos pararam o que estavam fazendo, e ficaram surpresos.
Ninguém esperava que o Senhor Neves, quem aparentemente era tão difícil de lidar, se mostrasse tão gentil e disposto a compartilhar um momento de alegria com os demais.
Natália respondeu com um sorriso, "Obrigada, o Sr. Neves. Infelizmente, já temos um compromisso. Irmã Victoria e seu marido nos convidaram para jantar hoje à noite."
"Por falar no marido da Irmã Victoria, o Sr. Neves, você o conhece. Ele foi nosso colega na escola internacional. Irmã Victoria, você se importa se o Sr. Neves se juntar a nós no jantar?"
Um silêncio tomou conta do ambiente.
Todos olharam na direção de Victoria.
A entrevista para a revista tinha colocado Natália, Francisco e Victoria numa posição delicada devido a uma promoção de trabalho.
Sob os olhares de todos, Victoria sorriu e acenou com a cabeça, "Claro, se o Sr. Neves quiser nos honrar com sua presença."
Francisco sorriu maliciosamente, "Com um convite tão gracioso, seria um prazer."
*
Depois de meia hora, o grupo de nove pessoas chegou ao restaurante.
O interior era decorado ao estilo japonês tradicional, com madeira, um ambiente de wabi-sabi, jardins secos e salas privativas que garantiam uma certa privacidade.
Natália olhou ao redor, "Irmã Victoria, onde está o seu marido?"
Victoria respondeu, "Ele teve uma reunião de última hora e não pôde vir. Não se preocupem. Fiquem à vontade para pedir."
Natália sentiu uma pontada de decepção.
Ela esperava que o verdadeiro encontrasse o impostor...
Mas isso já era esperado. Afinal, Francisco se juntou ao jantar. Como um bom amigo do passado, Francisco certamente distinguiria o verdadeiro do falso. E Victoria naturalmente sentiria receio de expor o impostor.
Felizmente, ela tinha preparado outro drama.
— André e Vanessa também viriam.
Natália estava ansiosa pela reação de Victoria.
Como ela não ficaria arrasada ao ver seu marido dando toda a sua ternura a outra mulher?
Natália disfarçou seu deleite com uma risada, "Bem, já que o cunhado é generoso. Não vou me fazer de rogada!"
Ela folheou o menu. Além do conjunto de pratos já reservado, pediu especialidades caras para todos.
"Não precisa. É muito caro", os colegas disseram.
Isso combinava perfeitamente com seu humor.
— Indiferente.
Por outro lado, Natália continuou pedindo mais pratos para todos.
Caranguejo das neves com gelatina de vinagre, sushi de ouriço-do-mar com caviar, ovo de ganso com trufa negra...
Cada prato era servido em porções pequenas.
A culinária japonesa pode não ser a mais deliciosa, mas certamente tem um dos preços mais elevados. Até o garçom do restaurante veio verificar a conta com eles.
"Está correto. Fomos nós que pedimos," Natália confirmou com um sorriso.
Se alguém desavisado visse, poderia pensar que era ela quem estava convidando a todos.
Naquele momento, Francisco perguntou: "O restaurante de vocês tem cola de peixe Garoupa Amarela?"
O garçom respondeu: "Temos sim, o senhor. Esse é um prato clássico do nosso cardápio secreto."
Natália nunca tinha ouvido falar dessa iguaria.
Mas, era raro que Francisco pedir esse prato. Por isso, ela decidiu tomar a iniciativa e disse: "Certo, então vamos acrescentar mais nove porções de cola de peixe Garoupa Amarela."
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