Adriana Rocha estava entrevistando para uma posição em uma empresa multinacional de medicamentos.
Ela tinha esperança de conseguir o cargo de supervisora de vendas, mas o departamento de recursos humanos, citando sua idade de 30 anos sem filhos e o fato de ter se afastado do mercado de trabalho por dois anos, acabou oferecendo-lhe apenas uma posição de assistente de vendas.
Com um salário base de quatro mil e quinhentos mais comissões, e a condição de que, se não fechasse nenhuma venda em três meses, seria demitida.
Lembrando-se de quando pediu demissão dois anos atrás, Adriana era o pilar da empresa onde trabalhava. O gerente tentou dissuadi-la várias vezes de suas decisões impulsivas amorosas, porém ela, obstinada, mergulhou de cabeça no casamento, em busca de seus dias tranquilos.
Entretanto, o que encontrou foi apenas sofrimento.
E agora, tentando retornar ao mercado de trabalho, foi recebida com uma dura lição pela sociedade.
Esse foi o preço do casamento.
Adriana sorriu amargamente e assinou os documentos de admissão.
Ela acreditava em si mesma, que não pararia por ali.
No dia seguinte seria seu primeiro dia de trabalho. Após finalizar o processo, Adriana deixou a empresa.
Ela seguiu o endereço dado por Lucas Ferreira e bateu na porta.
A porta se abriu rapidamente, Lucas estava lá, sem expressão e com cortesia disse: "Voltou."
Adriana também sorriu educadamente: "Sim, comprei algo para comermos. Se você ainda não comeu, podemos comer juntos?"
Lucas hesitou por um momento, mas acabou aceitando: "Claro, vou pegar os pratos."
Ele também pegou uma garrafa de vinho de frutas.
Na mesa, Adriana fez um brinde a ele: "Obrigada por me ajudar hoje no cartório."
Lucas sorriu levemente com o copo na mão, despreocupado: "Considere como um ato de coragem, afinal somos parceiros agora."
Com um certo constrangimento, Adriana disse: "Quanto ao aluguel do quarto, vou pagar o valor de mercado. Nos primeiros dois meses, ficarei devendo um pouco, até receber meu salário e então te pago tudo."
Lucas acenou com a cabeça.
Essas palavras atraíram os olhares curiosos dos que estavam por perto.
"Essa moça é tão bonita, mas parece que gosta de se envolver em confusões", pensaram alguns.
Adriana apertou o conjunto de lençóis que segurava.
Ela e Tânia nunca se deram bem. Durante os dois anos em que foi casada com Mauro, Tânia a humilhava constantemente, chegando até a jogar água quente nela uma vez. Cenas de humilhação pública como essa eram frequentes.
Anteriormente, por amor a Mauro, Adriana suportava tudo.
Mas essa submissão não trouxe a felicidade esperada.
Ela sentia uma pressão no peito, como se estivesse sufocando, e olhou para Tânia Souza com uma voz suave, porém firme,
"Logo após me divorciar, já tinha outra pessoa, e seu irmão não fez o mesmo? Eu e meu ex-marido tínhamos uma relação legalizada, enquanto seu irmão e Cecília Cavalcanti nem se casaram ainda. Quem é mais nobre agora?"
Ao ouvir essas palavras, Mauro Souza ficou imediatamente com o rosto sombrio, contendo sua raiva, disse: "Adriana Rocha, o que você está tentando insinuar com essa ironia? Eu e Cecília nos amamos verdadeiramente, não é da sua conta! Reconheça seu lugar!"
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Quem Precisa de um Ex Quando se Conquista um Magnata?